terça-feira, 13 de março de 2012

Loucura de março começa com Fabrício Melo

Fabrício pode estar se despedindo de Jim Boeheim e Syracuse
Uma bomba que estremece uma das melhores campanhas do basquete universitário norte-americano nesta temporada e tem impacto direto no basquete brasileiro. A essa altura você já sacou tudo: novamente com problemas escolares, o pivô Fabrício Melo está proibido de disputar o torneio de mata-matas da NCAA. É, as loucuras de março começaram com tudo e da pior maneira para o mineiro de Poços de Caldas. 

A notícia foi divulgada nesta terça, pela própria universidade de Syracuse, em seu site oficial, dois dias antes de o time ir para a quadra com grandes aspirações ao título nacional. Sem o brasileiro? Essas chances se reduzem drasticamente

O motivo da suspensão não foi divulgado, mas a ESPN, claro, já publica que "é um problema acadêmico relacionado a sua primeira suspensão". Pois é: não foi a primeira vez que Fabrício tomou um gancho neste ano. "Ele foi liberado inicialmente, mas a NCAA resolveu revisitar o caso e o consideraram o inelegível novamente", diz uma fonte ligada aos Laranjas. 

Eleito o defensor do ano em sua conferência, a Big East, uma das mais concorridas dos Estados Unidos, o pivô brasileiro progrediu, e muito, em sua segunda temporada por Syracuse. 

A percepção preliminar é a de que estes problemas acadêmicos devem empurrar Fabrício direto para o "draft" da NBA já neste ano. É o que já noticia o New York Times e o que espera Chad Ford, especialista da ESPN no recrutamento de novatos – segundo o Times, caso não consiga uma vaquinha na liga norte-americana, o mineirinho teria um retorno ao Brasil (alô, NBB) como possibilidade. 

O jornalista Peter Thamell afirma que "embora ele não seja uma escolha de primeira rodada garantida, algum time da NBA provavelmente vai se interessar por alguém de seu porte físico". No DraftExpress de Jonathan Givony, sua lista de palites deste ano já foi atualizada, com Melo entrando na posição 33, a terceira da segunda rodada. Antes, ele aparecia entre os 25 primeiros em uma projeção de longuíssimo prazo para 2013. 

E era realmente isso o recomendável. O salto para a NBA, agora, não é algo para o qual o jogador esteja preparado. Sua curva de crescimento pedia mais minutos em quadra contra gente de sua idade e sob a orientação de Jim Boeheim, antes de encarar os gigantes profissionais, muito mais fortes e cascudos e ficar enterrado no banco de reservas. 

Vamos esperar os próximos capítulos. Tensos.

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