segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Salve-se quem puder

Bom, Leandrinho já se salvou faz tempo. Ligeirinho que só, não esperou para ver no que daria o lo(u)caute da NBA e acertou seu contrato com o Flamengo, com salário que não chega perto do que receberia do Toronto Raptors, mas é daqueles ótimos-que-qualquer-mortal-surtaria, vai curtindo o Rio de Janeiro do jeito que dá e ainda reabilita o pulso direito contra competição inferior. É o grande chamariz do próximo NBB, e o Flamengo agora tem uma chance real de usufruir fora de quadra de sua presença, coisa que atágora necas de pitibiriba.

(Necas de pitibiriba? Não me pergunte o porquê, apenas veio. Mas na mesa do bar dia desses surgiu o comentário de como "nossa geração" vai precisar para ralar para manter essas expressões do português que nem sempre fazem sentido, ou às vezes fazem até demais. Então talvez tenha vindo daí).

Em quadra, é bem intrigante essa espera para vermos como Leandrinho e Marcelinho vão dividir a bola pelo Fla – e, por que não?, como Duda vai se comportar nos minutos reduzidos que lhe esperam.

Mas e o que será dos outros três brasileiros da liga, os grandões?

Tiago Splitter: de volta para Pasárgada?
- A resposta mais fácil por enquanto é a de Tiago Splitter, o que não surpreende ninguém. O catarinense deve zarpar em breve de volta à Europa. Ah, a saudosa Europa, onde era considerado um dos melhores jogadores do continente. Segundo o agente Luis Martín, são pelo menos seis clubes interessados no jogador. Na semana passada, Rubén Magnano afirmou que o Uniaja Málaga seria o favorito na disputa. Martín negou. Seria estranho vê-lo jogar em um clube espanhol que não o Vitoria. Mas nunca se sabe.

Mesmo que seu palpite não esteja correto, o que Magnano quer saber mesmo é de ver Splitter em quadra o quanto antes. Depois do chá de banco que tomou no Texas na temporada passada e de lesões pontuais bem chatas, o pivô chegou ao Pré-Olímpico com perceptível falta de ritmo. Agora, recuperado da lesão na virilha que sofreu logo antes do embarque para a Argentina, passou alguns dias treinando com Tim Duncan (o que não faz mal a ninguém) e está pronto para jogar. Com o anúncio de que o imbróglio da liga norte-americana vai se estender por tempo indefinido, as negociações com os participantes da Euroliga devem ser aceleradas.

- A boa notícia? Anderson Varejão já está treinando com bola, totalmente recuperado da cirurgia no tornozelo. Como ainda tem muito o que resgatar em termos de preparo físico, talvez não tenha tanta pressa para voltar a jogar, dando mais tempo para qualquer progresso das negociações entre jogadores e donos de clubes. Por outro lado, se esperar muito, pode ficar sem as melhores (das poucas) vagas restantes na Europa. Para os clubes brasileiros, aqui está uma ótima pedida. O carisma natural de Varejão, sua energia e a habilidade como reboteiro e defensor podem elevar o padrão de qualquer time no NBB.

- Sobre Nenê, é complicado falar qualquer coisa. Sinceramente? Tentar um contato com o pivô é daquelas missões que todo repórter gosta, a princípio, mas, depois, fica se perguntando se realmente vale a pena tanto esforço para conseguir uma palavrinha que seja. Se alguém souber do paradeiro do jogador, se está em São Carlos ou em Denver... O certo é que, dos três aqui, esse paulista teria a decisão mais arriscada pela frente caso opte por buscar um novo clube, já que se tornou um agente livre ao final da temporada e buscará um megacontrato no dia em que a NBA retornar, se é que volta.

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