segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Chega de saudade

De pronto, assim? Foi o melhor jogo do Brasil no torneio. Enfim, qualificamos o saco como de pancada. 

O nível do adversário era muito baixo? Procede. Estavam praticamente eliminados? Sim, senhor. Então é para aplaudir? Bem, depois do que passamos até agora, tendo preocupações até mesmo contra Cuba – por Nixon, Cuba! –, enfim valem algumas palmas de incentivo para a Seleção Brasileira.  Mas é para empolgar? Hm… Calma lá.

Porque, ao bater a equipe celeste por 93 a 66 nesta segunda-feira, no início da segunda fase da Copa América de Mar del Plata, a equipe de Rúben Magnano não fez nada mais que resgatar um pouco de normalidade em sua penosa campanha. 

Em 2007, nos Estados Unidos, num jogo que era melhor esquecer, o Brasil de Lula Ferreira havia batido os uruguaios por 30 pontos de diferença, mas não antes de Nezinho se insurgir contra o ex-mentor e se recusar a entrar em quadra. Dois anos depois, em Porto Rico, a vantagem foi de 20 pontos para o time então dirigido por Moncho Monsalve. Nessas duas edições do torneio continental, o padrão também havia sido de atropelos para cima da Venezuela, enquanto Cuba não havia nem mesmo se classificado. 

Agora na Argentina, então, finalmente nossos rapazes fizeram o que deles se esperava. Depois de se complicarem no segundo quarto, que caminhava equilibrado, até que nossos vizinhos do Sul cometeram algumas faltas tolas, que permitiram a sustentação de uma vantagem de oito pontos, os brasileiros deslancharam no terceiro período.  

No fim, sobraram até mesmo 12 minutos para Caio Torres (7 pontos, 2 rebotes e 2 tocos contra o vareta Sebastian Izaguirre, seu sparring desde os tempos de juvenil, uns 30 kgs mais leve a vida toda que nosso grandalhão) e 15 – quin-ze! – para Nezinho, que contribuiu com cinco assistências, quatro faltas, três rebotes e três arremessos errados em três tentativas, mostrando um claro nervosismo na hora de concluir suas jogadas, algo raro no Distrito Federal, mas de encontro ao usual em quadras estrangeiras. Numa noite para restabelecer velhas rotinas, até que isso se encaixou devidamente. 

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