sábado, 17 de dezembro de 2011

Foi de 3

É chover no molhado, mas parece que chove e não molha. 

Entende?

O Bala na Cesta fala, o Basquete Brasil fala, o Rebote falava, o Wlamir de vez em quando fala, e o VinteUm não vai parar de falar: por que tantas bolas de três pontos, meu-deus-do-céu???

Foi por isso que, quando lançamos o blog, pensamos na tag "foi de 3", que está perdida no amontoado aqui ao lado. Porque é inevitável. 

Na quinta-feira, com o Paulistano tendo uma vantagem de cinco pontos de vantagem sobre o Minas a pouco mais de um minuto para o fim, a jovem equipe anfitriã inexplicavelmente arriscou uma bola de três de frente para a cesta, contestada (não lembro o jogador). O erro abriu perigosamente uma brecha para Minas voltar ao jogo.

Neste sábado, foi a vez de Jefferson William, com o placar sob controle para São José, chutar da zona morta na linha dos três pontos, sem a menor necessidade, fora de casa contra Franca. Pior: com a defesa francana toda esburacada. No geral, os times lançaram 49 bolas de fora, tendo convertido apenas 14 delas (sete para cada lado), na casa pífia de 28 a 29%.

No sábado passado, Fernando Fischer entrou em quadra transtornado com a iminência de converter a bola de número 300 dos três pontos. Uma marca expressiva? Com base em qual referência? De todo modo, esse objetivo foi colocado diante do arremessador, que forçou uma série de chutes de longa distância no primeiro tempo – atrapalhando seu próprio rendimento, já que, à medida que a "bolinha" não caía, perdeu confiança e errou até mesmo chutes de média distância desequilibrados.

O VinteUm não vai questionar a habilidade de atirador de Fischer, de modo algum, embora lamente que o jogador não procure diversificar seu jogo ofensivo. Não há dúvida de que Jefferson é um grande talento, vive uma bela fase, e que, para um atleta da sua altura, esse tipo de lance acrescenta uma dimensão muito rica ao seu jogo – o problema em seu caso e no de Douglas Nunes, outro atleta que segue seu molde, é virar refém quase que exclusivamente do chute de três.

No Brasil, ainda se chuta de três como se não houvesse amanhã. 



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