terça-feira, 12 de junho de 2012

E, com vocês, a Seleção Brasileira


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Com a ponte estaiada atrás, uma ótima foto de divulgação da Seleção por. Que mais, CBB?

O Sormani tocou no assunto e usou um termo bem claro e direto: "estupidamente". 

É isso aí. 

Tem coisas que não dá para entender na CBB, e aqui a gente fala da confederação de ontem e a de hoje. Tanto faz: é a mesma inépcia. 

Rubén Magnano quer ter toda a prioridade do mundo para preparar sua equipe rumo a Londres: vai se enfornar, mesmo, com a rapaziada no ginásio e em salas de vídeo. Está mais do que no seu direito. E, se deixar, toma conta, mesmo.

No fim, é até melhor: para vender um produto, que seja de qualidade. 

Agora… Se este é considerado O Momento em que o Brasil está reunindo para valer todos os seus principais jogadores – lembrando que ainda estamos aguardando Huertas e Splitter chegarem –, se estamos de volta aos Jogos Olímpicos após longo inverno e esse era o principal objetivo, o fim que justificaria todos os meios, chegou a hora de promover a equipe, não?

A CBB, claro, não é responsável pela administração das respectivas carreiras, não pode, nem deve, cuidar dos atletas o ano todo, mas, agora que eles estão aqui, que tal investir em benefício próprio?

Que tal deixar Nenê (e a Seleção) um pouco mais próxima do público?

Pode fechar treino, mas que se pense, em seguida, em uma ação de divulgação alternativa. Sessão de autógrafos, fotos em shopping em loja esportiva e, enfim, promover o bendito do uniforme (novo, velho, novíssimo, tanto faz)? Não está tão complicado: o Shopping Morumbi ou Market Place estão a menos de 2 km do hotel em que se hospedaram. O Cidade Jardim, ainda mais grã-fino, está a 5 km de lá. Mesmo na hora do rush, isso é percurso para 30 minutos. Uma visita ao Parque Villa-Lobos ou Ibirapuera em atividade dos patrocinadores? Qualquer evento, gente, que coloque nossas estrelas em contato com o público. Ou que, na verdade, façam deles estrelas. Não precisa virar um circo, mas, convenhamos, é necessário admitir que, mesmo para aqueles com o selo NBA, o alcance, em termos globais, ainda é bem limitado. Essa seria, então, uma medida para ONTEM. 

E  por falar em "globais", seria fundamental pensar na Seleção como um produto para o povo, pública, e, não, como penduricalho exclusivo de um canal, de um programa, no mesmo formato de sempre. Não adianta apenas colocar Varejão ou Leandrinho aovivo  "Arena SporTV" ou no "Altas Horas" e se dar por satisfeito. 

A Seleção se apresentou no dia 10 de maio, então qualquer cobrança pública agora poderia ser considerada um tanto drástica, precipitada. Mas, considerando sobre o que estamos lidando, nos damos essa liberdade. E dá para antecipar aqui mais alguns pontos que justificam a  apreensão com o assunto:

- no ano passado, a conquista da vaga valeu apenas uma mera notinha em seu site oficial, sem nenhuma página especial a respeito, nenhum anúncio em jornal, propaganda na TV, carrinho de som vendendo pamonha, nem nada. O que nos motiva a pensar que será diferente dessa vez?

- a Seleção B está em atividade no continente sul-americano com um uniforme diferente do utilizado no ano passado, que, provisório ou não, merecia mais divulgação, não importa, considerando a atenção que o assunto chamou nos últimos anos.

- mais importante, o calendário de jogos da Seleção rumo a Londres: os treinos da Seleção vão durar basicamente até o dia 24 ou 25 de junho. Depois disso, pé na estrada para amistosos. Isto é, a contagem regressiva já começou.

- temos seis datas reservadas para jogos em quadras brasileiras, o que seria ótimo. Agora… Foz do Iguaçu e São Carlos que nos desculpem, mas o momento pedia algo mais arrojado. São tão raras as ocasiões em que a Seleção está completa, sem contar que é a primeira vez que esse grupo joga se preparando para uma Olimpíada, que os amistosos mereciam mais. Arena HSBC (ia pegar mal com o Bradesco, ok), Ibirapuera, Mineirinho, Gigantão, qualquer ginásio maior em cidades bem mais populosas.

Temos uma diretoria de marketing renomada, laureada, para pensar nisso. A mesma que ajudou a angariar patrocínios vistosos e tudo mais. Mas o trabalho está longe de encerrado e requer mais atenção do que temos visto nos últimos anos. No meio de tantas atividades extracurriculares, porém, de repente nem importa mesmo que o a Seleção e o jogo sejam divulgados.

PS, em tempo: promoção da modalidade vai muito além da responsabilidade de uma assessoria de imprensa. Depois dos 478 profissionais que passaram pelo departamento da entidade na atual gestão, a equipe de hoje está muito mais alerta, como podemos reparar bem neste release e neste

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