Finais da NBA: Presidente Battier

Sobe Shane Battier para acertar uma bomba de três pontos

LeBron James começou as finais com tudo. Chris Bosh vai recuperando a forma. Dwyane Wade, com o joelho estourado, vai alternando atuações que poderiam se espalhar entre 2006 e 2015. Tudo mais ou menos dentro do script.

Agora… Desde quando Shane Battier virou Steve Kerr na linha de três pontos?

Contratado para reforçar a defesa do time da Flórida, poder dar alguns minutos de descanso aos astros do time e ser mais uma influência apaziguadora no vestiário, o ala formado em Duke de repente se apresenta como uma arma ofensiva que não pode mais ser ignorada. De onde veio isso?

Ele converteu nove chutes de três pontos nos dois primeiros jogos, algo que não fazia há mais de cinco anos. Cinco temporadas!

Ah, mas em Oklahoma City ele tirou proveito da atenção total dos oponentes para conter James. 

De acordo. 

Agora… Isso aconteceu a  temporada toda, não? Battier livre na zona morta para o chute. Battier livre no topo do garrarão livre para o chute. Battier livre, livre e livre. E o resultado? Aproveitamento de apenas 33,9% no campeonato nos três pontos e pífios 38,7% no geral de quadra. O mistério é saber o que mudou da temporada inteira para as finais.

Fundamento não foi. Tática não foi. Resta apenas a confiança. Como se o ala, um dos jogadores mais estudiosos, inteligentes e sofisticados da liga, apenas estivesse esperando o grande cenário para brilhar. Não faz sentido nenhum isso.

PS: por que presidente Battier, você pergunta? Segundo consta, é o seu apelido na China, país que freqüentou comercialmente por muito tempo, aproveitando a condição de parceiro do Yao Ming. Tracy McGrady seria praticamente um Deus por lá, não fosse o governo chinês antidivindades.