sábado, 2 de junho de 2012

Para os críticos

Ginásio arrumado para a final global do NBB. Foto: João Pires/LNB
Tem uma coisa engraçada e irônica: os que falam que este ou aquele só sabem criticar, mas que são os mesmos que também só parecem ler aquilo que é negativo. Só desse pensamento dá para tirar um caminhão de alternativas que vamos evitar agora e resgatar mais tarde, no momento certo, para não desviar a atenção daquilo que realmente importa: o jogo e, não, os babões que vivem dele hoje.

Então, para estes não falarem que só detona, que só nhenhenhem, que isso e aquilo, deixemos bem claro, aqui de cara, quais os pontos positivos assistidos neste sábado de manhã histórico (não  necessariamente memorável):

- a final em TV aberta, sem nos atermos aos critérios de justiça ou técnicos no momento, faz bem demais. Qual foi a última vez que o basquete entrou em rede nacional por tanto tempo? Nem lembro. Deve ter sido alguma disputa de medalha com Janeth, talvez em Atenas-2004. Quem lembrar, corrija, por favor. Se o horário foi o melhor, se o tratamento foi VIP ou não – nem entrega de troféu mostraram, deixando para o Gloto Esporte, provavelmente –, tudo precisa ser discutido para o futuro. Em termos de audiência, o NBB perdeu para os desenhos do SBT, mas essa é uma luta que a Globo trava há anos, buscando as mais diversas armas, sem ter sucesso (de acordo com os padrões aos quais estão acostumados, claro). O basquete, sem nenhum grande astro global (na falta de melhor termo) ficou em segundo lugar e não fez feio.

- a transmissão funcionou bem. Robby Porto deu conta do recado e conseguiu aliar didatismo e loução esportiva numa missão ingrata. Aos poucos, pôde deixar a lousa e o giz de lado para se concentrar no que acontecia em quadra. O comentarista salivante maneirou, economizou nas doses (novamente: de acordo com seus padrões, claro e ufa). E Anderson Varejão, mesmo sem nenhum cacoete, contribuiu com algumas boas e pertinentes observações do ponto de vista do jogador. Mostrou que, para um grande jogador, muitas vezes não basta só força de vontade ou técnica, tem de saber entender o que é preciso em quadra para fazer esses atributos valerem. Um “Wild Thing” também precisa de cabeça.

- A quadra estava bonita, uniforme para o basquete, omitindo as demais linhas polidesportivas. O ginásio, cheio, animado, vibrante, com torcida de duas equipes engajadas, bem diferente daquelas plateias com camiseta de banco ou patrocinadores, que com pessoas recolhidas ali na esquina. São torcidas que, no momento, se importam com suas agremiações e se deslocaram até uma Mogi das Cruzes para ver a partida.

Muito disso é só cosmética planejada para a final global, e quem viu o NBB do início ao fim vai saber disso. Tem de ser discutido o campeonato com mais carinho com a direção da emissora. Há muito o que fazer ainda comercialmente.

Do ponto de vista esportivo, técnico-tático, volto mais tarde, com mais tempo, para escrever, que agora tem almoço do sogro. Mas já dá para saber que o tom não vai mudar muito do que coloquei no Twitter durante o dia: @vinteum21

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