Uma pequena nota sobre os estreantes da Seleção em Mar del Plata. Ainda que um ou outro tenha disputado algum torneio nos últimos anos, em grandes competições, e aqui os Jogos Lusófonos e o Sul-Americano que nos desculpem, eles são novatos. Ainda assim, valendo vaga olímpica, Ruben Magnano não hesitou em incluí-los em sua lista final.
Nos amistosos, eles tiveram muitas chances, o que faz todo o sentido do mundo. Mas, com a bola quicando para valer, o tempo de quadra da moçada vem minguando a cada rodada para Rafael Luz e Augusto Lima (teoricamente os mais promissores aqui, os dois na mira dos scouts da NBA e dos grandes clubes da Europa), enquanto Benite e Hettsheimeir veem seus minutos condicionados às faltas dos titulares.
Vejamos os minutos do quarteto contra Venezuela, Canadá e Dominicana:
Rafael Luz: 12, 5 e 2
Augusto: 7, 6 e 2
Benite: 5, 6 e 7
Hettsheimeir: 9, 7 e 11
Cada técnico precisa dividir 200 minutos de tempo de quadra entre seus atletas. A cada minuto retirado dos calouros, sobra mais na conta do quinteto inicial. O problema é que até mesmo o veteraníssimo Marcelo Machado, medalha de ouro no Pan de Winnipeg-1999, jogou menos diante dos dominicanos, naquele confronto considerado decisivo, com apenas 15 minutos, depois de somar 40 nas duas rodadas anteriores.
Desistências e lesões à parte, o Brasil só tem mesmo cinco jogadores dignos da confiança do técnico argentino para brigar por Londres-2012? Vale a pena convocar os garotos para deixá-los grudados no banco? No que isso ajuda sua confiança? A linha de questionamento poderia continuar ainda mais.
Para reduzir essas perguntas, o que se espera, pelo menos, é que as peladas contra Cuba e Panamá e o duelo com Uruguai ajudem a diminuir a carga sobre Huertas, Alex, Marquinhos, Giovannoni e Splitter. Pois, pelo que demonstrou contra os dominicanos com seu reduzido rodízio, repetindo o que Moncho Monsalve fez em 2009, na cabeça de nossos técnicos gringos, é só isso o que temos.
sabia que a paixão voltaria!
ResponderExcluirparabéns.
textos brilhantes.
e veja se apareça pra gente falar de basquete
abs, fábio balassiano