Duas seleções brasileiras se apresentaram na Copa América em Mar del Plata, num intervalo de poucos dias. A primeira teve dificuldade para se estabelecer em quadra, se perdeu à que seus conceitos não lhe valiam vitórias que esperam assomadamente ser fáceis. A segunda representa uma reviravolta, em que a consistência defensiva seguiu por todo o jogo, incomodando adversários muito mais qualificados, dando a chance de o Brasil ou controlar o placar (Porto Rico), ou levar o jogo para uma decisão no fim e matar (Argentina).
Para disputar a vaga olímpica contra a República Dominicana, é imperativo que apareça o segundo, não? Dãr, mas claro. Afinal, a primeira face foi justamente a que perdeu para o mesmo adversário caribenho.
Ao menos à distância, pelos resultados das últimas duas rodadas, tudo aponta para uma classificação brasileira. A equipe de Rúben Magnano se livrou de um fardo enorme ao derrotar a Argentina, para depois descer uma marretada surpreendente em Porto Rico. Já a República Dominicana perdeu por 26 e 17 pontos, respectivamente, para esses adversários.
O doping moral que o Brasil ganhou com a vitória diante de seus algozes da última década se repercutiu de maneira imediata na surra para cima de Porto Rico. Do outro lado, os dominicanos sofreram um baque muito grande com a lesão sofrida pelo armador Edgar Sosa, uma fratura exposta em pleno jogo, além de terem perdido um jogador importante em sua frágil rotação de perímetro.
A dúvida que fica é se a quebra no ritmo das duas equipes nesta sexta-feira e o peso da disputa da vaga, na qual o Brasil volta a ser o favorito disparado, jogando deste modo sob pressão, podem pesar de alguma forma para o lado contrário dessa balança.
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