sábado, 10 de setembro de 2011

O legado de Villanueva


Se o torcedor do San Antonio Spurs, à distância, está preocupado com o rendimento de Tiago Splitter na Copa América, imagine, então, o desgosto daquele que ainda tem um apreço pelo Detroit Pistons ao checar como anda o ala-pivô Charlie Villanueva…
Se Al Horford é a grande força da República Dominicana e Francisco Garcia tem suas contribuições esporádicas ao time, o outro terço da trinca da NBA da equipe caribenha não passa de um fiasco na competição. 
Sem condições de jogo – ao menos no alto nível que se esperava –, ele tem média de apenas 16 minutos por partida, atuando à sombra de Horford e de Jack Martínez. Sua maior contribuição por enquanto aos dominicanos se resume a frases motivacionais no Twitter. Entre as últimas, de olho na disputa da vaga olímpica, estão as seguintes: "Um grande dia para meu país, 'Um Legado é o que estou tentando deixar'" e "A 40 minutos da HISTORIA, sacrifício + jogo de equipe = VITORIA".
Sem mobilidade, pesado, não consegue bater para a cesta, desperdiçando a habilidade no drible que tem, um de seus principais recursos na liga norte-americana: soma até agora mais erros (13) do que que assistências (8). No ataque, então, acaba limitado a chutes de média e longa distância, quase sempre criados a partir de iniciativas individuais (feito um jogador de And1) – dos 42 arremessos que tentou até agora, 21 vieram de fora. Seu aproveitamento geral no torneio é de pífios 38,1%. Quer mais? Sua média de rebotes é de 3,5 até aqui, com 28 no total, um abaixo de Marquinhos. 
Esse é o mesmo Charlie Villanueva que espera receber US$ 7,5 millhões no próximo campeonato, com média de US$ 8 milhões anuais pelos três temporadas de contrato que tem pela frente com os Pistons. 
Alguns jogadores da NBA costumam usar as competições com suas seleções para tirar o ferrugem das férias e recuperar a forma, antes de chegar ao período de treinamentos com seus clubes. No caso de Villanueva e dos Pistons, talvez seja bom torcer para que o locaute dos proprietários das franquias dure mais, porque ainda há muita lenha para queimar e um legado para construir.

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