quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Atrás do rabo

Isso, Shamell, vamos respirar um pouco. 1, 2, 3: respiiiira...
Hoje o NBB volta a passar na TV, embora a vontade seja mesmo de ir ao ginásio aqui em São Paulo para assistir o grande (esperamos) duelo entre Pinheiros e Brasília, ou mesmo ao duelo entre os jovens promissores de Paulistano e Minas. Ainda bate uma dúvida. Com a chuvarada que caiu na quarta-feira e a promessa de mais temporal para esta quinta, porém, o bom senso pede que não se arrisque. 

Sempre muito melhor ver qualquer esporte ao vivo, especialmente o atletismo, talvez com a exceção da Fórmula 1 pela barulheira e a falta de informação como um todo – no circuito, ficamos cegos, sem saber o que corre lá na outra ponta do circuito. Numa quadra de basquete, porém, a visão periférica dá conta de tudo. Tudo mesmo, o que, neste NBB, nem sempre deva merecer apreciação, dada a quantidade superior de peladas que temos visto. 

A ressalva foi feita na descrição aqui ao lado, na coluna da direita, mas podemos sublinhar: este espaço está limitado a observações e comentários de um atrevido, que não tem curso de técnico, nem nada, mas, ainda assim, não se sente nem um pouco incomodado em dar seus pitacos. 

E o pitaco, desabafo do VinteUm aponta para uma...  Hmmmm... Como colocar?.... Digamos, para uma falta de sensibilidade (orientação) brutal de nossos times, desde os mais bem ranqueados aos da parte inferior da tabela. Perigoso generalizar, pode apertar o calo geral do Brasil, Este começo de campeonato, pelos jogos transmitidos pelo grande parceiro da liga, tem apresentado um basquete muito bagunçado, uma correria abestalhada de quem parece que não quer chegar a lugar algum. 

Os jogos não têm ritmo. Ok, não precisa colocar ninguém pra nanar, mas também não precisa assustar as criancinhas na sala. Há muitos erros bobos, que nem sempre são computados nas estatísticas, muitos arremessos precipitados, muita gente ainda que aposta em demasia nos tiros de três pontos – sem entender que são raros os David Jacksons que converte na casa de 70%. Um rendimento absurdo, parabéns para o norte-americano, que tem um arremesso lindo de fato, mas que escancara a deficiência de nossa marcação, porque é impossível, mas IM-POS-SI-VEL mesmo alguém sustentar um arremesso nesse nível durante a temporada, especialmente alguém que você sabe que vai chutar sem dó de fora.  

(Aliás, sem se dar ao trabalho de pinçarmos os números jogo a jogo, falar das defesas nacionais pode ser uma tortura. Reparem nos percentuais dos times. As bolas de dois pontos sempre superior a 50% de aproveitamento e, em alguns casos, as bolas de fora também! Por favor: Federico Kammerichs – vamos falar dele, promessa é dívida, mais para a frente, dando mais jogos para termos uma base ólida de avaliação – virou um cestinha mortal no Brasil. Defesa acaba sendo outra história.)

É um caso sério. Nem mesmo uma equipe como Limeira, que tem quatro armadores decentes em seu elenco e por vezes usa três deles em quadra para satisfação do professor Paulo Murilo, consegue controlar uma partida. 

Vemos uma gangorra no placar de quarto para quarto. Vantagens de dígito duplo abertas – e desperdiçadas – com muita facilidade. Celebra-se o equilíbrio da competição, com jogos sempre decididos no estouro do cronômetro, e isso até que faz bem para a transmissão de uma partida, para o torcedor que está se esgoelando no ginásio, "para o espetáculo". Mas não deve se sobrepor ao jogo inconsequente muitas vezes praticado. 

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