Todos amavam Eric Gordon em Los Angeles. Todos vão amar Eric Gordon agora em Nova Orleans? |
Durante o lo(u)caute – tentamos, tentamos, mas acabamos meio que sempre voltando a mencioná-lo, ainda que morto –, era comum a chiadeira de quem olhava de fora para os jogadores, comprando a briga dos proprietários dos clubes: são uns milionários, que ganham o maior salário do esporte mundial, fazem o que gostam e ainda reclamam???
É um questionamento reacionário, que, todavia, até encontra seu quinhão de razão, especialmente quando consideramos casos de jogadores como o francês Boris Diaw, que, uma vez garantido seu megacontrato milionário que garantiu a vida de gerações de sua família, passou viver com uma dieta especial de Big Macs.
Por outro lado, nunca se pode perder o aspecto "business" da coisa, especialmente na NBA.
Peguemos o ala Eric Gordon. Um dos prediletos da torcida do Clippers, dos técnicos e dos jornalistas. Até onde se dá conta, um jogador tímido, até mesmo um pouco retraído, mas simpático, dedicado, profissional, um exemplo que qualquer franquia gostaria de estampar em um cartaz.
O mesmo Gordon que recebeu a ligação nesta quarta-feira avisando de que era melhor voltar para casa e arrumar as malas, pois seu destino no dia seguinte seria Nova Orleans, a centenas de quilômetros de Hollywood.
Pior: o ala estava participando de um evento promocional do clube. Havia acabado de deixar um hospital. Durante a viagem de volta em um micro-ônibus, acompanhado de alguns companheiros de equipe, treinadores e, aiaiai, três ou quatro 'sócio-torcedores', espectadores donos de carnês para acompanhar todas as partidas da temporada. Imagine o carão desses convidados quando a notícia chegou até o veículo? Imagine o carão do jogador?
Gordon saiu do ônibus de cabeça baixa e evitou o contato imediato com os fãs. Conversou com os treinadores e parceiros de canto. E foi para a última atividade de marketing do dia. Deu autógrafos, tirou fotos e se comprtou como se nada tivesse acontecido.
Agora ele tem a missão de substituir Chris Paul no combalido Hornets. Não interessam seus interesses, seus planos. O quanto se dava bem em sua equipe, o quanto sua carreira parecia acertada.
Vai ter de agir com o mesmo profissionalismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário