quarta-feira, 30 de maio de 2012

Draft: Efeito Monocelha


Monty Williams é o técnico mais feliz do mundo nesta quarta-feira

Quando a NBA concordou em controlar as operações de uma de suas franquias, e, pior, por um longo período, deram a deixa para os teóricos da conspiração praticarem sua imaginação embalados.

Então, a gente pode tratar com humor e tal, mas vai sempre ficar essa sensação esquisita quando os draftnicks forem recordar a loteria de 2012 no futuro, na qual o Hornets ganhou o direito de selecionar o Anthony Davis.

Falta um mês para o Draft ser realizado ainda, mas o ala-pivô de Kentucky já sabe, o técnico Monty Williams mal conseguia conter seu sorriso no palco, e é uma  coisa que o gerente geral Dell Demps não conseguiu esconder nas primeiras entrevistas, a despeito da recomendação expressa da direção da liga em fazer mistério.

Para um treinador que valoriza tanto a defesa, num posicionamento correto de seus marcadores, Davis cai com uma luva. Já aprendeu muita coisa com o Calipari, se orgulha de ser um defensor e ainda tem envergadura e elasticidade para dar ajuda e cobrir a quadra toda.


Envergadura absurda do número um do Draft 2012

Se Emeka Okafor estiver inteiro, o Hornets entra com uma dupla de pivôs intimidadora na próxima temporada. Sem contar nosso Gustavo Ayón, que é ótimo marcador seguindo mais a linha de Splitter: joga mais debaixo do aro, com os pés plantados, mas não por lhe faltar impulsão, e, sim, porque investe mais em sólidos fundamentos. Além deles, Jason Smith é um dos queridinhos do Coach Monty, que o considera um dos líderes do grupo. (Nessas, Carl Landry, de repente, se sente impelido a olhar com carinho o mercado de agentes livres.)

Nesta temporada, o Hornets foi o melhor pior time da NBA. Pode ter levado uma sacolada de derrotas, mas deu trabalho para todo mundo, forçou os favoritos jogarem até o fim, no estouro do cronômetro, mesmo sem contar com seu principal jogador, o ala Eric Gordon. Okafor, Landry, Trevor Ariza também foram outros desfalques para Williams, que escalou uma série de D-Leaguers na reta final do campeonato.

Com Davis e mais a décima escolha, que pode valer um armador – para concorrer com Greivis Vasquez e Jarret Jack (dois sólidos jogadores) – ou outro ala – Eric Gordon e Marco Belinelli são agentes livres, o primeiro restrito, o segundo nem sei se vale a pena manter.

Aqui de longe, a briga pelos playoffs no Oeste ganha mais um concorrente.


Efeito Monocelha

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