quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nem tão barbada

Em 2008, fomos com Cipolini, William, Hátila, Coloneze, Caio, Gruber;
Hélio, Arthur, Manteiguinha, Dedé, Diego e Teichmann; Barbosa e Chupeta na comissão

Assim, e quando o Brasil sofre na estreia para bater a Colômbia por oito pontos, tendo perdido três de quatro quartos? A mesma Seleção que perdeu o primeiro tempo para o Chile e escapou no fim com uma vitória por um pontinho, 70 a 69? Na terceira rodada, 34 pontos negativos contra a Argentina (68 - 102?)? Aí parecia o fundo o poço. O time, na sequência, emplacou duas vitórias por dez e nove pontos, respectivamente, sobre Venezuela e Uruguai. Ufa: estava garantida a vaga. Talvez aliviado demais, perdeu para os venezuelanos na disputa pelo bronze por 15 pontos, terminando o campeonato em quarto.

Sabe quando foi? Quatro anos atrás apenas, 2008, em Puerto Montt, cidade que está uns bons abaixo 1.000 km de Santiago. Lembraram agora, né? Com Paulo Chupeta no comando e seus principais jogadores afastados, tivemos essa campanha aqui de cima, assegurando de modo muito complicado um lugar na Copa América de 2009, vencida em Porto Rico com Moncho Monsalve.

Não é para secar ninguém. Enquanto a turma deste ano não jogar este ano, não dá para traçar paralelo nenhum, e certamente ninguém espera uma atrocidade pior que essa (para se complicar na primeira fase, teria de perder para o Paraguai, por exemplo...).

A Seleção de Gustavo de Conti se reúne, na medida do possível, desde o domingo passado em São Paulo, fazendo baterias de exames médicos e físicos até entrar em quadra desfalcada. 


Por razões óbvias, Nezinho, Arthur, Rafael Mineiro, Fúlvio (ooops) e Murilo são ausências certas neste início de preparação, já que estão envolvidos nas semifinais do NBB, com pelo menos mais dois jogos pela frente – o que pode ser derraideiro nas semis e a final do campeonato. Além deles, ainda estão por chegar Rafael Luz, Marcus Vinícius Toledo, Augusto Lima, Paulão Prestes e J.P. Batista. 

Por enquanto, a programação está assim: treinos até o dia 31 de maio em São Paulo, viagem para um quadrangular na Venezuela, depois mais três dias de treino em São Paulo até 08 de junho. Aí são mais dois quadrangulares na Argentina, e, Sul-Americano, aí estamos nós. Do trupe do NBB, quem avançar para a final pode se juntar, então, apenas no último estágio de preparação – o que preocupa um tico, já que são dos poucos jogadores experientes na convocação (com exceção do Olivinha Mineiro).

Em entrevista ao Basketeria, De Conti fala da “data ingrata” do Sul-Americano. “É o final de algumas competições e o início de preparação das seleções principais que vão para as Olimpíadas”, disse. De fato: tudo muito espremido. A apresentação do time de Magnano está marcada para o dia 10 de junho, em São Paulo. O Sul-Americano será disputado na Argentina entre os dias 18 e 22 de junho. O primeiro amistoso do grupo de Magnano está marcado para o dia 26. Sobra tempo para treinar o quê e como exatamente? Não estamos diante, logo, de um trabalho mole. 

Diante de todas essas dificuldades, com o grupo se montando aos poucos – o que, espera-se, deve valer para argentinos, venezuelanos e, talvez, uruguaios –, caso a preparação não seja bem realizada, acidentes podem acontecer. Longe de secar, fica só o alerta. 

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