sábado, 12 de novembro de 2011

Ah, não! Isiah Thoooomaaas!

Como se as notícias em torno do locaute da NBA já não fossem deprimentes o suficiente: boa parte das fontes anônimas de sempre dão conta de que os jogadores e agentes estão prontos a levar a disputa para a o pau depois do ultimato (parece combinar melhor aqui do que proposta) por parte de David Stern e seus proprietários açougueiros. A disputa poderia se arrastar por meses, e a temporada 2011-2012 estaria perto de ser cancelada.

Mas tudo pode ficar pior. Tá certo que é o New York Post anunciando, um tablóide daqueles. De todo modo, já valeu manchete no HoopsHype e um frio na espinha: Isiah Thomas, ele mesmo, estaria se candidatando ao cargo de diretor-executivo do Sindicato dos jogadores da liga, visto que os dias de Billy Hunter parecem contados.

O alerta Isiah Thomas foi acionado!
"Quantos de vocês ficariam surpresos ao descobrir que Isiah Thomas vem se rastejando em volta da porta dos fundos de Billy Hunter para conseguir seu emprego? Quantos ficariam chocados ao saber que o técnico da Florida International University está em campanha para substituir diretor-executivo?", é o que pergunta o Post neste sábado.

Olha, já é o bastante para o VinteUm se assustar, e muito.

Thomas foi um dos melhores armadores da NBA. Liderou o time mais casca grossa da história, os Bad Boys de Detroit. Era tinhoso, vibrante e mortal em quadra. (Vamos deixar de lado as brigas com Michael Jordan e a punhalada que deu nas costas de Magic Johson para outro dia).

Nos bastidores, porém, tudo o que ele tocou virou um desastre:

1) Foi um dos proprietários do Toronto Raptors nos primeiros anos do clube canadense, comandou ótimos "Drafts", mas deixou a organização bagunçada até ser espirrado pela nova chefia.

2) Comprou a CBA (que então funcionava como uma espécie de Segundona do basquete dos EUA). em 1998. Em 2001, a tradicional liga faliu.

3) Foi técnico do Indiana Pacers de 2000 a 2003, e a equipe nunca passou da primeira rodada dos playoffs, mesmo contando com um dos melhores pivôs da Conferência Leste em Jermaine O'Neal.

Eddy Curry: uma boa temporada pelo Knicks, muitos hambúrgueres,
técnicos frustrados e milhões de dólares perdidos
4) Em 2003, chegou a Nova York para comandar as operações de basquete do Knicks. Depois teve de assumir a equipe como técnico. Foi ouch atrás de ouch: gastou aos tubos, e nada. O time chegou a ter a maior folha salarial da liga (disparada) e a segunda pior campanha; assinou com o pivô Eddy Curry, que tinha problemas cardíacos comprovados em exame e dificuldade (imensa, digamos) de se colocar em peso ideal; o mesmo valendo para o pivô Jerome James, que nunca jogou por mais de nove minutos por partida pelo clube, que nunca jogou mais de 45 partidas em um ano, e ganhou US$ 30 milhões em cinco temporadas; reuniu dois dos maiores fominhas da história na mesma linha de perímetro: Stephon Marbury e Steve Francis, que surtaram em Gotham;  conduziu treinos com jogadores universitários irregulares, resultando em multa para o clube; terminou com aproveitamento de 34,1%;  enfrentou um processo por assédio sexual de uma funcionária dos Knicks, que não chegou a ir aos tribunais devido a um acordo que custou US$ 11,6 milhões.

Thomas hoje dirige a equipe da Flroida International. Até agora soma, 18 vitórias e 44 derrotas. Mas uma coisa não se pode negar sobre o ex-armador: com boa lábia, ele ainda desfruta de muito prestígio entre os jogadores mais jovens, com atuação entre a elite, tendo bom contato direto com gente como Amaré Stoudemire, LeBron James, Carmelo Anthony e outros.

Pode ser que a nota do Post seja apenas uma coisa de tabloide, um jeito de chamar a atenção até segunda-feira, suposto prazo para o mais recente ultimato de Stern aos jogadores. Pode ser que Thomas esteja realmente tentando algo, mas sem muita chance. Só temos como certo o seguinte: toda a bagunça relacionada acima? Foi só um resumo sem compromisso.

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