O jogo estava em seu início apenas, e mal sabia o gringo que ia demorar um bocado de tempo para o Flamengo assumir as rédeas daquele confronto pela rodada de abertura do NBB 4, no Rio de Janeiro. Um bocado mesmo: o time da casa só foi assumir controle do marcador para valer com pouco menos de dois minutos para o fim.
Que fique claro: o Fla só ganhou essa partida por uma combinação de três fatores que escapavam ao controle do furioso Garcia:
1) maior experiência de seus atletas: o Paulistano tem um dos três elencos mais jovens do campeonato. Quando pressionados no finzinho do jogo, os adversários não souberam reagir propriamente.
2) talento individual superior de três peças: Leandrinho (mais sobre ele neste domingo...) fez a diferença no terceiro quarto para virar o placar, David Jackson (uma mecânica linda de arremesso) desequilibrou na quarta parcial e Federico Kammerichs cuidou do que sabe fazer: o serviço sujo na defesa e no ataque.
Leandrinho desequilibrou quando decidiu ir para a cesta E o ginásio da Tijuca cheio, num ótimo sinal para o Flamengo |
Pois, de resto, o argentino tomou um banho de Gustavo de Conti por uns bons 30 minutos (o treinador do Paulistano só pecou nos minutos finais, quando passou a armar jogadas para a linha dos três pontos muito cedo, pelo menos dois ataques mais cedo, quando dois pontinhos lhe seriam muito mais úteis para encostar no marcador).
Pelo que mostrou no jogo de estreia, ou o Flamengo estava muio despreparado (sem ideia alguma do que veria pela frente, e daí o desabafo "contra juniores"), ou ainda há muito para Garcia trabalhar com esse elenco. Seu time estava mais para um catadão de cestinhas do que qualquer outra coisa que lembre um conjunto. Leandrinho e Jackson fizeram um estrago, mas não em ações combinadas. Foi cada um de seu modo, e cada um em sua vez. Quando Marcelinho voltar de suspensão, na terceira rodada, o palpite aqui é que uma bola será pouco.
Em termos de elenco, avaliando seus 12 jogadores principais, o Fla tem o melhor do NBB. É preciso saber se eles vão cosnseguir jogar juntos. Uma partida só não o suficiente para fazer nenhum julgamento definitivo. Mas, apesar da derrota, o início do Paulistano foi muito mais louvável e admirável, com uma defesa sólida, combativa e um ataque eficiente e solidário, apenas atrapalhado por alguns rompantes de Betinho de longa distância, por excesso de confiança/teimosia/falta de visão de quadra. Algo que precisa ser corrigido urgentemente, antes que seja tarde.
O pivô Artur bate de frente com o selecionável Caio Torres, sem se intimidar ou ser dominado |
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