quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mas perguntar não ofende

Foi um jogo decisivo dramático. A torcida eufórica no ginásio. O jogo só terminou quando acabou mesmo.  Lances plásticos aconteceram. O Pinheiros foi um justo campeão. Mas perguntar não ofende. Então vê se alguém explica...

- A falta que o escolta Paulinho fez a pouquíssimos segundos do fim do terceiro jogo, com seu time liderando o placar por um ponto, mandando o ala Chico, do São José para a linha de lance livre, permitindo a virada dos anfitriões? (Isso: escolta Paulinho. Ou ala. Mas armador, não, vamos combinar. Alguém tem de explicar para outro lá e aquele também que nem todos jogadores que não passem de 1,85 m de altura e ficam batendo bola sem parar precisam ser classificados como armadores. Se Paulinho é um armador, Allen Iverson seria ministro do Planejamento).

- Por que São José pode ficar até dez minutos seguidos sem preparar sequer uma jogada para o pivô Murilo?

- Por que Fúlvio, líder em assistências do basquete brasileiro há mais de ano, frio em quadra, resolveu chutar duas bolas seguidas a 30 jardas da cesta, estando seu time com dois pontos de vantagem no placar, depois de ter batalhado horrores para conseguir essa virada?

- E, se era para chutar de três de trás da linha da NBA, por que o escolhido não foi o possuído Matheus, que havia matado quatro de seus quatro chutes de longe até aquele momento e foi inexplicavelmente congelado por seus companheiros na reta final do quarto? (No penúltimo ataque da equipe da casa, ele ainda fez uma cesta espírita da quina esquerda do perímetro, com ajuda da tabela, convertendo cinco arremessos em cinco tentativas, sem que o Pinheiros pudesse reagir nesse caso. Por outro lado, Mortari fez o baixinho pagar na defesa, isolando Shamell próximo ao garrafão, tendo o americano matado todos os seis últimos pontos dos campeões).

- A insistência de São José com os tiros de três? Ok, foi com a chuva de cestas de Matheus que o time tirou uma diferença de 12 pontos no quarto final. Mas não dá para dormir em paz quando sua equipe termina a partida com apenas dois arremessos de três pontos a menos do que de dois (31 a 29). Especialmente quando o seu pivô é muito mais completo que o dos adversários, quando seus armadores são muito mais velozes e quando seu aproveitamento interno é de 55%.

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