Nas entrelinhas de Magnano

Magnano ainda não colocou nada no papel, mas...

A repórter Danielle Rocha, do GloboEsporte.com, publicou nesta segunda-feira uma longa entrevista com Rúben Magnano, talvez sua primeira do ano. 

Entre alguns pontos em que talvez possamos ler nas entrelinhas estão as situações de Larry e Nenê, duas das principais interrogações para a convocação olímpica.  Veja aqui:

"Perguntei (sobre Larry) e me disseram que está bem avançado e bem encaminhado. Mas ainda não está fechado. E eu ainda vou esperar porque ele é um jogador que pode ajudar. Não estou falando que ficará entre os 12, mas é um jogador interessante."

"Lesões sempre preocupam um treinador quando um jogador que pertence ao grupo se machuca. Mais pelo tempo de recuperação, porque perdem competitividade. Mas eu sou otimista e eles  (Varejão e Nenê) vão ficar bem."

De novo: o argentino não crava nada. Mas não se omite em dizer que acompanha a recuperação do pivô e até torce por ela. Sobre Larry, ele mantém a postura do ano passado, mesmo com o progresso de Raulzinho e Rafael Luz na Espanha

Parece cada vez mais que Larry e Nenê, se estiverem aptos, têm grandes de aparecer na lista. No caso do americano, é realmente uma questão de burocracia. No caso do sãocarlense, imagino que o principal empecilho, além de sua forma física, venha de algumas lideranças da Seleção. Se houver alguma resistência a seu nome, Magnano vai comprar a briga?

No bate-papo, não há nada bombástico. E quer saber? Isso é confortante. É saudável, para todos nós, saber que, na hora de reunir seu grupo de 12 ou 16 jogadores, que na hora que eles forem para quadra, tudo o que gira em torno da CBB ou de agendas pessoais dos convocados será gerido por esse treinador mais que competente. 

Magnano não vai abrir a caixa de ferramentas, não é desse tipo, não precisa realmente fazer nada para aparecer ou se sentir superior seja qual for a situação. O homem tem currículo e seriedade. É o que basta. E ele garante que "a fome é maior ainda".