segunda-feira, 12 de março de 2012

Sem Ricky Rubio

Rubio abatido: perdem o Minnesota, a Espanha e o basquete



A lesão de Ricky Rubio, que sofreu uma ruptura em ligamento do joelho e está fora do restante da temporada da  NBA e das Olimpíadas, é lamentável e deixa o esporte um pouco mais triste por alguns meses. Porque o garoto espanhol é daqueles jogadores raros que tornam o esporte ao mesmo tempo mais plástico e prático, belo e produtivo. Com seus passes precisos e instintivos, ele alia o que um técnico e o marketing esperam – ajuda o time a vencer e a vender. E, aí, quem vai reclamar do quê?

Para o Minnesota Timberwolves, a não ser que JJ Barea consiga colocar o físico em dia – mais um que não vem suportando os rigores de uma tabela desgastaste e cruel da liga norte-americana –, fica muito difícil que a jornada de ressurreição do clube prossiga. Não por qualquer incompetência por parte de Luke Ridnour, que é um armador que faz o feijão  com arroz muito bem, passando e chutando com eficiência. Mas Rubio era muito mais do que isso, oferecendo o inesperado, algo que levava o ótimo padrão ofensivo pregado por Rick Adelman um passo além. Sua presença também era contagiante, tornava seus companheiros mais generosos em quadra e mais confiantes – isso Kevin Love mesmo admitiu recentemente. Na defesa, sua envergadura e rapidez também eram essenciais. 

Sergio Llull está preparado para assumir mais responsabilidades olímpicas
Para a Espanha, o susto foi ainda maior quando José Calderón torceu o tornozelo logo depois. Exames conduzidos depois pelo Toronto Raptors, porém, tranqüilizaram os irmãos Gasol, que poderiam perder, em dois dias, seus dois principais assistentes. Com Calderón em forma, a Fúria ainda pode sonhar em bater os americanos em Londres e também se mantém um pouco acima do restante da concorrência. Com o desfalque de Rubio, o cada vez melhor Sergio Llull, do Real Madrid, deve ganhar mais espaço no time. Nessa troca, a seleção perde em criatividade, mas ganha em intensidade, vibração. 

O problema para espanhóis e outros países é que ainda há mais dois meses, sem contar playoffs, de NBA pela frente. Com o cansaço acumulado na reta final do campeonato, os jogadores são peões ainda mais fragilizados e expostos em quadra, deixando torcedores de muitos países um tanto apreensivos a cada rodada da liga norte-americana. 

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