Quem pode parar uma infiltração de Alex no NBB? |
Se a máxima de um jogo decidido de modo atabalhoado – ou vibrante, escolha o seu – nos últimos segundos não se confirmou no duelo de Brasília e Pinheiros nesta quinta, outras não falharam:
- Paulinho, ala do Pinheiros, faria pelo menos um arremesso sem o menor sentido no jogo. Essa jogada ninguém entendeu, acho: o Pinheiros estava uns 12 pontos atrás no marcador, e Claudio Mortari pediu paciência a moçada. Com razão. Faltavam pouco menos de cinco minutos de jogo, tinha tempo. Agora, o Shamell precisava realmente se arrastar tanto assim com a bola na passagem para a quadra ofensiva? E aí, depois de dois passes trocados, o senhor Boracini atira para o alto toda a parcimônia recomendada por seu comandante num chute descabido quase da zona morta. Airball.
- Em meio ao caos que controlou a partida por muitos momentos, Alex foi dominante. Em meio ao caos, ele faz a diferença, com sua determinação em busca da bola, o impacto que tem na defesa e seus contra-ataques explosivos. Ainda que ele tenha matado quatro de sete chutes de longa distância, a gente poderia recomendar pelo menos um pouco menos de apetite nesse tipo de jogada, mas não adiantaria de nada mesmo. Poucos jogadores no Brasil têm capacidade atlética para fazer frente ao ala. Cada chute de longe marcado é uma chance de uma bandeja segura desperdiçada.
- Por falar em matar balas, "hoje o Nezinho estava inspirado". Converteu cinco de suas primeiras cinco tentativas de três só no primeiro tempo. Duas delas foram com apenas um pé no chão. Isso aí: arremessos de três pontos em flutuação! É muito talento, não? "Hoje as bolas estão caindo, vamos ver se continua. E aí marcar um pouco melhor", disse o armador antes do intervalo, numa declaração que certamente valeria para o segundo jogo da final do Paulista de 2003. Ou naquele quinto e derradeiro jogo contra Assis em 2006? Ou, espera aí, ali no começo do Ribeirão Preto, em duelo com Mogi pelas semifinais? Muita confusão no VinteUm, deixa para lá.
- Nezinho, o mesmo que recebeu uma falta técnica um tanto exagerada. Depois de uma bandeja toda destrambelhada que varou a tabela, o armador ficou nervoso e bateu a mão na quadra. Um dos árbitros, que estava já no meio da quadra, resolveu intervir. Mas é claro, que, no lance seguinte, o mesmo dono do apito voltou a enxergar demais para marcar uma falta de ataque de Figueroa em cima de… Bem, já sabem em quem. Prontamente, uma falta técnica foi chamada contra os paulistas. E o universo encontra meios encantadores de se equilibrar.
- Lapsos defensivos. Aos montes. O mais curioso deles: no quarto período, já com o jogo praticamente decidido, mas com o Pinheiros ainda lutando. Um veterano como o ala Renato se vira completamente de costas para a bola. Que já estava em jogo – não custa esclarecer. E Renato, concentrado em Arthur, se surpreende com um passe que encontra o lateral do Brasília, passando por cima de sua cabeça. Arthur até deu uma hesitada. Parecia que não estava valendo nada. Mas estava. Arthur subiu para a cesta, e aí sofreu a falta.
(- Nezinho, Alex e Renato. Olha o Ribeirão Preto aí…)
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