Antes da criação do VinteUm, um projeto mais modesto, mas seguramente mais divertido era criar um blog todo voltado ao ala Ron Artest, do Los Angeles Lakers.
Como já mencionado neste espaço, a leitura do site HoopsHype é obrigatória para qualquer fã de basquete, devido ao acúmulo absurdo de informação oferecido diariamente, com tweets e declarações dos jogadores, jornalistas, dirigentes e trechos de reportagem do mundo todo. As novelas das negociações de LeBron James e Carmelo Anthony foram certamente as líderes em manchetes nos últimos anos desse site agregador de conteúdo. Afinal, é o tipo de assunto que rende boato, respostas a boato e os boatos que, então, brotam desse processo.
Mas há também um personagem que dia sim, dia não vai estar presente por lá, geralmente no pé dos boletins de rumores, puxando a fila dos faits divers. Ron Artest, senhoras e senhores.
Sucessor natural de Dennis Rodman na prática do lunatismo – embora com personalidades e natureza completamente diferentes, num mano-a-mano que deve ser explorado em uma ocasião futura –, Ron-Ron vai ganhar o seu próprio quadro aqui. Nos tempos em que a ordem é racionar na vida em sustentabilidade, o jogador não nos priva de sua condição de fonte de humor inesgotável.
Por um instante, foi um suspiro coletivo no Staples Center. Ron Artest havia acabado de se enroscar com Paul Pierce na lateral esquerda do garrafão, brigando por posicionamento para o rebote, no terceiro quarto. Os dois se estranharam, se encararam, se empurraram, Kevin Garnett apareceu para empurrar o nem tão Metta World Peace, formou aquela roda toda.
Em slow, pausando toda a hora, você consegue ver, em um estalo, uma fagulha acendendo no ala do Lakers, um olhar irado para a Garnett, de assustar. Dois árbitros se atiraram em sua direção para contê-lo. John Crawford o puxou pelo braço por uns bons cinco metros dali, para retirá-lo da confusão, como se estivesse ajudando uma criança a atravessar a rua.
Que paz mundial?
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