Estadista

Pode manchetar no site: "Presidente da CBB garante que Nenê vai ser convocado"

Tem todo aquele papo nesses tempos que vivemos do líder, né? Ah, como é imprescindível o líder, como podemos descobrir o líder dentro de nós (que não seja o nosso estômago, por exemplo), todos esses livros do Bernardinho e tal. Convição, pulso firme, saber ouvir, saber conduzir, planejar, blablabla.

Aí tem o presidente da CBB…

Numa providencial entrevista ao site FinalSports, gaúcho como o dirigente, vemos o líder em vigência do basquete brasileiro expor seus grandes planos, teorias e divagações sobre o nosso futuro.

Com a palavra, ele, seguidas de nossos humildes comentários:

"Como diz o Magnano, como não convocar um pivô como o Nenê, um dos melhores do mundo. Não podemos nos dar ao luxo. Se ele não quiser vir, é outro problema, mas convocado ele vai ser."

>> Hmmm… Até onde me lembro, o Magnanoa, em público, NUNCA disse que o Nenê certamente será convocado. Pode ter dado a entender isso, com uma certa relutância. Valeu, presida! Carimba!

"O trabalho do Rubén é que os 12 tem que ter condições de entrar. O grupo que vai, dá para notar, ele usa todos. Mesmo com jogo pegado, ele mexia, colocava para jogar. O Varejão, Splitter, Nenê, Caio, não tem problema ter vários na mesma posição. Ele vai chamar, e eles têm que ganhar a posição no treinamento."

>> Vimos a mesma Copa América?

"Conseguimos, emocionante, foi bom, mas não podemos parar por aí. Mas temos sempre que focar adiante. Foi bom porque nos motivou, disse que o trabalho está dando certo. Seria muito diferente se estivéssemos ficado fora."

>> Uma vaga olímpica a menos faria do basquete brasileiro algo muito diferente realmente do que é hoje, nénão?

"O pessoal fica focado, as finais do Pré-Olímpico, a TV me apresentou os resultados, teve público de futebol. Traz um ganho grande, e a responsabilidade agora é saber aproveitar o momento. Não só a CBB, mas as federações. Visito-as para ver onde podemos ajudar, mas em termos de apoio, sustentabilidade, podemos fazer. Clínicas de arbitragem, competições, passamos para 87 jogos de cada estado agora, então isso tudo temos que aproveitar no momento."

>> Boa noticia sobre a audiencia (sem ironía). Pena que o marketing da CBB, gerido pelo mesmo homem que cuida da venda de jogadores de futebol nesta pré-temporada,  não tenha emplacado sequer uma peça publicitária em jornal na segunda-feira seguinte. Nada é feito com os patrocinadores também. O campeonato de base mais representativo dos últimos anos é bancado pelo ministério do Esporte e pela LNB. Ah, e nada como visitar federações em ano eleitoral. Graaaaande…

Tem muito mais: a (não?) demissão de Ênio Vecchi, o estado da LBF, a Hortência... Clica lá.