quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um atropelo chamado Larry


Na placa, estava escrito, parece, Larry Taylor. 

Na vitória do Bauru sobre o Paulistano, o armador foi um atropelo em quadra, em uma atuação que deve ter deixado Ruben Magnano de olhos ainda mais abertos. 

Quando, no primeiro quarto, ele puxou um contra-ataque livre  e lançou a ponte-aérea para o superatlético Gui cravar, com menos de dois minutos de jogo talvez, você já tinha indícios de que hoje era noite. Mas os garotos do Paulistano não podiam esperar que fosse uma noite dessa. Especialmente no quarto período, o norte-americano causou um alvoroço em quadra na primeira linha de defesa do clube interiorano. Na verdade, isso é eufismo: fica difícil expressar o que exatamente aconteceu nos minutos finais de partida. Era como se fossem cinco Larries, multiplicados, desarmando o armador Elinho a cada posse de bola, sucessivamente, como agentes disruptivos do caos.  

Quando isso acontece, bau-bau. Em quadra aberta, o veterano é um terror. Com sua velocidade, impulsão, arrojo e inventividade, ele não vai encontrar tantos oponentes capazes de brecá-lo no NBB. Aí foi um tornado: 26 pontos, 8/12 nos arremessos, 12 assistências, seis rebotes, três roubos de bola (talvez tenham sido mais até...) e nove lances livres batidos. Vixe.

De certo modo, foi desmoralizante mesmo, e os meninos da capital agora têm um teste de maturidade pela frente, na hora de rearrumar os cacose e se recompor para a próxima rodada, sem deixar abalar uma bela campanha.  

Podemos questionar se a convocação de Larry é justa, ética ou necessária, mas uma atuação dessas, diante das câmeras de TV ao vivo, só deve encorajar Magnano e diretores da CBB a colocarem mais pressão (coff! coff! Quem dera...) na burocracia brasileira para liberar a nacionalização do gringo. A placa, ao menos, já está verificada.

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