Pode sorrir, Rubio, em Minnesota está liberado |
Já havíamos nos arriscado aqui sobre a expectativa pela transição de Ricky Rubio para a NBA, com alguns sinais positivos e perspectivas otimistas que vinham de seus primeiros treinos pelo Minnesota Timberwolves.
Havíamos mencionado as amarras que um time como o Barcelona – e todo grande clube europeu em geral – pode impor a um jogador tão criativo e como as dimensões mais espaçadas das quadras da liga norte-americana e a capacidade atlética de seus novos companheiros podiam ajudar o prodígio a virar o jogo. Confesso que era mais torcida do que cálculo exato.
Mas não sei alguém imaginava que exatamente isto estava por vir, a ponto de haver uma Rubiomania na terra dos lobos – e expandida para além dessas fronteiras um tanto gélidas, já que o armador aparece com mais votos que Steve Nash e Russell Westbrook na eleição popular para os titulares do All-Star Game.
De certo, havia aqueles que estavam confiantes, sim, senhor, no potencial do jogador e no poder que a travessia do Atlântico fariam ao garoto. Entre eles? Um tal Magic Johnson. Em entrevista ao jornalista Michael Wilbon, sujeito respeitadíssimo na mídia esportiva norte-americana e estrela da ESPN:
Wilbon estava enfadado de ver linhas como 0 pontos, 3 assistências, 1 roubo, 2 rebotes, 2 erros, 0/3 de quadra. Como alguém tão abaixo da mediocridade podia dar certo? Earvin Johnson Jr. respondeu: "Você vai errar, e me escute sobre esse garoto. Ele vai ser melhor na NBA que na Europa porque nossos caras são mais atléticos e eles correm em direção ao aro. Na Europa, os caras não correm no contra-ataque: eles vão brecando na linha de três pontos, eles fazem uma finta antes de arremessar, eles tentam pontuar de maneiras diferentes. Nossos caras vão ver um sujeito que pode passar a bola como Rubio e vão correr como o capeta rumo ao aro. Confie em mim".
Wilbon relata: "Não confiei, fui um tolo".
Glup.
E lá vai o Magic de novo falando, diabos, sobre magia mesmo: "Há uma diferença entre passar para alguém e criar um arremesso para um cara. Rubo cria um arremesso. Ele tem os instintos, ótimos instintos". (E que basquete é esse que prima por cercear os instintos de um jogador?)
Instinto e diversão não faltavam na armação de Magic Johnson |
Asim… Magic já falou muita besteira sobre a liga desde que parou, tal como Pelé. Mas quando é sobre um armador, melhor a gente ouvir.
Wilbon ainda coloca em seu artigo as impressões que Tony Ronzone, ex-gerente geral assistente (cargo mais feio em português, não?) do Wolves e diretor de scout da seleção norte-americana. Mas já roubamos aspas demais com o Magic e do próprio autor.
É um ótimo artigo, daqueles que não vemos escritos com tinta verde e amarela. Clique cá e confira.
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