terça-feira, 10 de abril de 2012

Kickboxing por Deron

"Que o melhor vença. Se ele vencer, vou esmagá-lo num combate de kickboxing"
Mikhail Prokhorov, dono do Nets
Ele estava muito sumido, empenhado em digladiar com a turma de Vladmir Putin pela presidência da Rússia, na qual foi derrotado sem muitas chances. Depois desse longo e turbulento inverno político, o bilionário Mikhail Prokhorov enfim deu as caras nos EUA para encontrar o comissário David Stern, dar um alô a suas centenas de empregados no New Jersey Nets e tentar convencer Deron Williams de que a franquia não é um barco furado.

Na mudança do clube para Brooklyn, no ano que vem, é imperativo que o Mark Cuban Mutante Russo consiga segurar o brilhante armador em seu elenco. Só desta forma ele poderia sonhar com a chegada de Dwight Howard, afinal. Só com dois astros e um time muito competitivo que ele poderia pensar em incomodar os Knickerbockers de Manhattan em uma disputa territorial na Big Apple. 

Então, para aproveitar melhor seus dias na Costa Leste americana, ele chamou os repórteres e fez aquilo que tem de menor – tirando ganhar muito dinheiro, namorar modeletes russas nas baladas mais exclusivas da Euripa, andar de jet-ski e, talvez, lutar kickboxing: soltar pérolas para agradar qualquer gravador mais esperto. 

A frase acima foi endereçada ao Mark Cuban que não é um mutante russo, mas, sim, o Mark Cuban em carne e osso, dono do Dallas Mavericks, que jura que seu clube não está atrás de Deron, que estão presumindo as coisas muito precocemente. Todo mundo acreditou. 

Prokhorov ficou nos EUA no verão de 2011 para tentar convencer LeBron, Wade e/ou Bosh a reforçarem seu clube. Impressionou a todos em suas apresentações – imagine o sotaque de um playboy trilhardário  russo –, mas mal sabia que os astros já estavam comprometidos em serem heptacampeões pelo Miami Heat. 

Contra Cuban, vai ser um combate emocionante mesmo, desses de mostrar o quão sofisticada a gestão esportiva por lá está. O dono do Mavs fez um dos trabalhos mais extraordinários da liga ao transformar a franquia de um saco de pancadas risível e fantasmagórico a uma atração imperdível de Dallas, metrópole em que os Cowboys (da NFL, no caso) mandam e desmandam. Por isso, se for para segurar Deron mesmo, talvez seja recomendável – embora que raios de recomendação dá para se fazer a um sujeito desses? – que Prokhorov se fizesse mais presente e blindar o armador como se ele fosse uma usina siderúrgica pujante.

Mas esperemos o combate só nas mesas de negócios, né?


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