quinta-feira, 26 de abril de 2012

Duas listas, algumas dúvidas

Por enquanto fica a dúvida: de que vale tanto esforço de Olivinha?

O Bala certamente vai abordar isso de modo mais apropriado, assim como o professor Paulo Murilo pode fazer, com muito mais autoridade, nesta sexta-feira, então não vale nos precipitar tanto. Sobre os desarranjos de gestão de nossa CBB. Nem em dia de convocação de Sul-Americano o processo fica muito claro. 

Com a pré-lista de Magnano a ser divulgada em 17 de maio, custava ter antecipado essa chamada alguns dias e tocado as duas de uma vez? Para sabermos quem exatamente está nos planos das nossas Seleções para as próximas semanas de competição?

Passada a pilha com a análise meio que em tempo real, ficam algumas ponderações, que só vão ser resolvidas nas próximas entrevistas ou até Magnano entrar em ação.

Na relação divulgada por Gustavo de Conti para o Sul-Americano, entre 18 nomes, alguns destaques do NBB ficaram fora. Especialmente o ala-pivô Olivinha, cujo reserva foi convocado, e o armador Fúlvio, sem contar o Helinho de sempre – que mal tem em ter ao seu lado alguém que chute 50% dos três pontos, marque bem, tenha espírito de liderança e tarimba*  – e Douglas Nunes – que, vá lá, nem sei bem se merecia, entrando ele também nas trincheiras dos projetos-que-precisam-mostrar-mais-e-não-são-tão-novatos-assim-mais, mas que certamente fez mais do Rafael Mineiro na temporada e oferece qualidades semelhantes. 

Estariam eles nos planos de Ruben Magnano? Tem quem duvide. Afinal, 11 nomes de eventuais 15 ou 17 candidatos aos Jogos de Londres 2012 estariam definidos: Huertas, Larry, Leandrinho, Machado, Alex, Marquinhos, Giovannoni, Varejão, Splitter, Nenê e Hettsheimeir. Sobrariam de quatro a seis vagas para o restante da nação. Como nesses dias está difícil até de resvalar na tabela, me ponho foro dessa. 

Então teríamos um cenário de pouquíssimas vagas para serem disputadas pela trepe sul-americana, Raulzinho – porque, se Rafael Luz e Jefferson Soccas aparecem numa lista, e o filho do Raul, não, aí tem coisa –  e talvez mais alguma adição direta, sem escalas aos planos de Magnano. 

Estariam alguns veteranos do NBB nesse bote? Se Murilo, que já foi mais que testado, tem de passar pelo torneio regional, começo a duvidar. E aí, comparando com alguns nomes veteranos escolhidos para o Sul-Americanos, estes, sim, os mesmos de sempre, que parecem ter direito adquirido, aí novamente estaríamos vendo uma tremenda injustiça. 

Como se só servissem para a Seleção os jogadores com passado (não importando aqui se foram convocações por mérito, ou não) ou aqueles de futuro. Como se o presente (o NBB 4, leia-se) não importasse para nada.

*Quem achar que a suposição é surreal talvez não lembre dos Goodwill Games na Austrália em 2001, competição que revelou Nenê para o mundo da NBA, na qual ele deu três (acho que foi isso) tocos em Jermaine O'Neal, mas que, no confronto direto entre Brasil e EUA, creiam, foi a dupla Demétrius e Helinho que arrebentou com a defesa deles num dos "quases" mais históricos e obscuros da história do basquete brasileiro.

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