Com o jogo em seus momentos finais e o placar apertado, é natural que o embate fique um pouco travado e que a tensão possa influenciar no rendimento dos jogadores, que eles possam cometer erros imprevistos. Nesta quinta, em rede nacional, porém, a rapaziada de Pinheiros e Paulistano exagerou um pouco. Em menos de dois minutos, com o time de vermelho cavando, aos poucos sua reação no placar, vimos o seguinte, não necessariamente nesta ordem:
- Seis lances livres seguidos errados consecutivamente: um de Elinho, dois de Shamell (completamente displicentes) e três de Olivinha;
- No erro de lance livre de Elinho, o veterano Felipe faz falta de ataque na tentativa de buscar o rebote, dando ao seu oponente a chance de ganhar dois pontos de graça do outro lado – mas a mira de Olivinha não estava boa, conforme mostra o tópico acima.
- Sem saber lidar com uma marcação por pressão quadra inteira, antes mesmo de seu time fazer a reposição de bola, Paulinho empurra Elinho e desperdiça uma posse que nem começou;
- Paulistano comete mais um turnover, e até arbitragem erra na marcação, ao ignorar um último toque (claro) de Figueroa em bola rolando na quadra;
- Após errar dois lances livres, meio que para dobrar o aro na marra, algo típico do gringo, Shamell força uma bola de três pontos num ataque que não teve sequer um passe. O chute sai fraco, dá bico, mas o Pinheiros ganha uma nova chance com o rebote ofensivo de Olivinha. Seu defensor, o ala-pivô Renato, caçava borboletas, se esquecendo de fazer um simples bloqueio de rebote;
- Jogo empatado, e o veterano Felipe comete mais um lapso, ao tentar dar o bote em uma reposição de bola na lateral, com menos de 24 segundos no cronômetro (isto é, o Pinheiros é que jogava pressionado pelo relógio), passa batido pela bola e cede espaço para uma infiltração-relâmpago de Olivinha, que sofre a falta e acerta apenas um lance livre.
- O armador Elio faz um carnaval na defesa do Pinheiros, que não consegue brecá-lo por três posses de bola seguidas: ele fez quatro pontos em jogadas individuais e deu uma assistência para bola de três pontos da zona morta, colocando o Paulistano com dois pontos na dianteira, com menos de quatro segundos de jogo;
- O espevitado Pedro perde contato com Shamell em uma trilha simples em parábola, chega atrasado e, ainda assim, também tenta o bote e deixa o norte-americano partir livre para a bandeja incrivelmente tranquila num lance crucial, e a ajuda não chegou a tempo: prorrogação;
* * *
Um tanto apático em quadra, o Pinheiros foi dominado rapidamente pelos visitantes, que se desgarraram no placar nos primeiros dois minutos do tempo extra. Olivinha e Morro foram excluídos com cinco faltas, mais uma vez confundindo agressividade com eficiência na marcação, resultando em indisciplina e faltas desnecessárias e custosas.
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