segunda-feira, 16 de abril de 2012

Segurando o tranco

Tischer e Santiago proporcionaram vários terremotos ao norte do continente no domingo
É uma pena que não tivéssemos – o VinteUm? pfffff – nenhum fotógrafo presente em Caracas. Mas a pauta obrigatória pós-jogo seria um Lucas Tischer despido de sua camisa. 

(Se acalmem, meninos e meninas). 

Mas passado o calor da partida, com o pivô voltando a ser branquelo, seria interessante contar o número de hematomas em seu dorso e ou peitoral. Porque o bicho deu e apanhou que foi uma grandeza no embate contra o velho de guerra, malandro e peso pesado Daniel Santiago. 

O mesmo aqui vale para o rejuvenescido Alírio, que dividiu as trombadas com Tischer, em revezamento fundamental para a vitória candanga. Com 12 pontos, nove faltas, oito rebotes e dois tocos combinados entre a dupla, suas linhas estatísticas não impressionam muito. Mas eles foram valentes e determinados o suficiente para manter a defesa interior de Brasília altiva, dando maior margem de erro para seus laterais – e Nezinho – se arriscarem no ataque. 

Também aqui não interessam os 23 pontos de Guilherme Giovannoni. Muito mais salutar foi ver sua defesa atenta diante de Ike Diogu. Muitas vezes se colocando entre o passador e o gigantesco ex-NBA, ele inibi o a execução da jogada preferida do adversário, que, muito mais forte e comprido, controla a bola dois ou três passos distante do garrafão pela esquerda e atropela até se aproximar do aro e converter ganchos com muita categoria. 

Não é nada fácil parar o atleta, como ele provou nas duas rodadas anteriores. Mas os pivôs de Brasília conseguiram – ao contrário da marcação perimetral, que permitiu Elias Ayuso fazer mais uma festa contra o Brasil, com 21 pontos em 57% nos arremessos, 50% de três pontos. 

Não importando o quão cansado Diogu, Santiago ou mesmo Garces estivessem, Tischer, Alírio e Giovannoni se saíram muito bem nessa. 

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