sábado, 28 de abril de 2012

Playoffs NBA: o que esperar dos brasileiros


Splitter deve trombar mais com Jefferson e Favors em vez do jovem Enes Kanter nos playoffs

Do quarteto, estão fora Varejão, que ainda se recupera de uma fratura no pulso em Cleveland, e Nenê, habituado aos mata-matas pelo Denver, mas que agora curte férias prolongadas em Washington, para onde foi despachado. 

Então temos Tiago Splitter pelo Spurs e Leandrinho de volta a esta fase, mas agora pelo Pacers. 

Em princípio, os dois entram em quadra sem muitas obrigações. São peças complementares nos quintetos reservas de seus clubes. Nos mata-matas, porém, em cinco, dez, 20 ou 30 minutos, a obrigação é jogar sempre em alto nível e, antes de tudo, com muita energia. 

Na primeira rodada, Splitter é quem deve ser mais exigido. Desde a adição de Boris Diaw, a rotação de Gregg Popovich ainda não está muito clara – provavelmente Tim Duncan também fique mais tempo em ação. Entre Splitter, DeJuan Blair e Matt Boner, alguém vai perder muitos minutos para o francês jogar, se é que ele vai jogar. Tendo em vista o que ele produziu durante toda a temporada, com o quarto rendimento mais eficiente do time, é muito difícil que o catarinense seja aquele a ser afastado. Ainda mais num embate físico no garrafão que a série contra o Utah Jazz promete. 

Se continuar reserva, como o primeiro pivô a sair do banco, Splitter deve se ver diante do jovem e em constante evolução Derrick Favors, um pivô que é seu contraste. Ex-número três do draft, mas muito bem cotado desde o high school, Favors é pura força física e atlética no ataque até o momento, finalizando pico'n rolls com cravadas enfáticas e vivendo de rebarbas debaixo do aro. Na defesa, seu tamanho e impulsão podem intimidar. O brasileiro, por outro lado, tem mais experiência, movimentos e inteligência para se sobressair e lidar com esse desafio. Al Jefferson, porém, seria bem mais complicado.

Já Leandrinho também fica no banco com a missão de não deixar o time cair muito ofensivamente quando os titulares, e Danny Granger em especial, saírem para descansar. Trocar de time no meio da temporada nunca é fácil, ainda mais num calendário maluco desses, em que mal teve tempo para treinar. Desta forma, o ligeirinho acaba apelando muitas vezes para jogadas individuais (muitas vezes agressivas e forçadas demais), o que explica o baixo aproveitamento nos arremessos: apenas 39,9% desde que chegou a Indiana. Chegou a hora agora de, deixar a poeira abaixar um pouco, e procurar ler o jogo com mais paciência antes de dar o bote – e não é isso que a gente espera desde o início de sua carreira? De repente nunca é tarde para aprender (…).

Contra o Magic, em seus 18, 20 minutos por jogo, Barbosa deve duelar com JJ Redick e Jason Richardson, seu companheiro dos tempos de Phoenix Suns. Contra Redick, o importante é ficar grudado e não permitir que ele consiga a separação em suas corridas sem a bola, buscando o corta-luz. Contra Richardson, o mesmo raciocínio vale, mas também é preciso evitar que o veterano se aproxime do garrafão para jogar de costas para a cesta. Nessa situação, maior e mais forte, seria mais difícil contê-lo.  

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