Dá para encarar o que vem abaixo como choramingos de um comentarista frustrado? Ô, se dá.
Ou pode ser lido como o desabafo de um telespectador que se importa com o que se diz do outro lado. No caso, o último embate entre Joinville e Limeira, com a classificação merecida do time catarinense.
Vemos novamente essa figura um tanto indefinida, que transita entre ser comentarista, técnico e torcedor. Não dá. Uma coisa é ser entusiasta do basquete, outra é perder o juízo na hora de se avaliar o que se passa em quadra e nos bastidores da modalidade.
Gasta-se adjetivos sem o menor apreço pelo bom senso. Tudo é extraordinário, espetacular, sensacional, fenomenal, esplendoroso. E vai evocar também o "Mestre Zagallo" a troco de quê, gente?
"A simpática equipe do Mengão!", exclama alguém que considera que tudo, mas que absolutamente tudo no basquete nacional é ouro.
Aí vem aquela alternância básica em quadra. O que era para ser uma lavada vira emoção no placar. A diferença despenca, e jamais isso poderia ser explicado pelo fato de um time estar atacando mal ou defendendo bem.
"Basquete é extraordinário pelas alternâncias", ouvimos, como se não houvesse beleza na consistência. Pois, afinal, está tudo, absolutamente tudo sendo "muito bem jogado". Todos são monstros, extraordinários, fabulosos.
Vem cá: o problema não são os elogios, o problema é banalizá-los. Se todos são fabulosos, quem se destaca?
E fala-se da pluralidade do esporte, que não há predomínio paulista. Gente, há quanto tempo é assim? Qual foi o último campeão paulista do NBB? Nem teve. Por que inventar uma realidade para enaltecer algo que já é senso comum?
Seguimos assim, furta-cores, otimistas, para descolamos nosso próximo emprego. Afinal, desagradar a quem e por que motivo? Tanto ao empregador de hoje, parceiro comercial da liga, como a futuros empregadores?
Sai dessa, cara.
Muito bom Giancarlo.
ResponderExcluirRealmente os comentários do sujeito dessa coluna, não sei nem se o adjetivo mais correto seria esse, beiram o burlesco.
Ruim é pocuo
Parabéns Giancarlo!
ResponderExcluirExcelente texto. Crítica sutil sem deixar de ser direto.
Esse é o nosso basquete "profissional". É assim que ele sobrevive.
Uma pena.
Abraço