Não precisa de legenda |
Agora que desanuviou o devaneio, a parte séria-gravíssima da coisa.
Realmente é difícil compreender o que se passa na cabeça do atual presidente da CBB, que anuncia – informalmente assim, porque, tipo, ahn, ninguém tava querendo saber mesmo – a presença de Nenê, praticamente um mês antes de a pré-lista de Magnano ser oficialmente divulgada, uma semana depois de essa convocação ter sido anunciada.
Como pode ter tanto desrespeito assim pela hierarquia ou a liturgia do cargo? Que falta de noção é essa de nosso presidente dizer uma coisa dessas em público – será que imaginou que estivesse em Marte e não teria repercussão alguma o que ele diz? Ou ele de repente nem se pretende levar a sério, mesmo. E, se a lista já está definida, por que demorar tanto para divulgá-la?
É uma presepada atrás da outra de alguém que ou não aprende com os erros, ou está pouco se lixando.
E onde está o marketing, a coordenação estratégica cinco estrelas da confederação? Onde estava o banner da CBB no palco em que o cartola deu com a língua nos dentes? E, como o Balassiano já questionou, por que diabos a Seleção vai se apresentar em São Carlos? Por quê? Sem nenhum desrespeito ao município, mas, num momento em que o Brasil volta aos holofotes olímpicos no basquete, por que não fazer barulho no Rio de Janeiro? Ou em São Paulo? Os centros óbvios que receberam a equipe nos últimos anos. Ou, se não, por que não Franca? Joinville? Uberlândia? São Luís? Qualquer cidade que tenha abrigado/abrigue um clube do NBB ou da LBF? Por quê diabos?? É só um mimo a Nenê? Na hora da coletiva que se vai confirmar – vai, né? – o nome de Nenê, algum diretor da CBB vai se prontificar a falar a respeito, ou vão deixar que Magnano se vire?
E, por falar no argentino, a quantas anda a negociação de seu novo contrato? Ainda há o interesse em mantê-lo? É um interesse mútuo? Ou as presepadas da direção podem irritar o treinador ao ponto de ele pegar o chapéu e procurar sua turma em Córdoba?
Sobre a convocação de Nenê e seu impacto no time, falamos aqui há um tempo. Basicamente, fica o receio de que sua presença possa atrapalhar a química do time dentro e fora de quadra. Se está chamando, é porque nosso treinador confia em seu taco – num conjunto de psicólogo, professor, intelectual do jogo e, antes de tudo, autoridade.
Rumo a Londres, galera, rumo a Londres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário