Monty Williams é o técnico mais feliz do mundo nesta quarta-feira |
Quando a NBA concordou em controlar as operações de uma de suas
franquias, e, pior, por um longo período, deram a deixa para os teóricos da
conspiração praticarem sua imaginação embalados.
Então, a gente pode tratar com humor e tal, mas vai sempre ficar
essa sensação esquisita quando os draftnicks forem recordar a loteria de 2012
no futuro, na qual o Hornets ganhou o direito de selecionar o Anthony Davis.
Falta um mês para o Draft ser realizado ainda, mas o ala-pivô de
Kentucky já sabe, o técnico Monty Williams mal conseguia conter seu sorriso no
palco, e é uma coisa que o gerente
geral Dell Demps não conseguiu esconder nas primeiras entrevistas, a despeito
da recomendação expressa da direção da liga em fazer mistério.
Para um treinador que valoriza tanto a defesa, num posicionamento correto
de seus marcadores, Davis cai com uma luva. Já aprendeu muita coisa com o
Calipari, se orgulha de ser um defensor e ainda tem envergadura e elasticidade
para dar ajuda e cobrir a quadra toda.
Envergadura absurda do número um do Draft 2012 |
Se Emeka Okafor estiver inteiro, o Hornets entra com uma dupla de
pivôs intimidadora na próxima temporada. Sem contar nosso Gustavo Ayón, que é
ótimo marcador seguindo mais a linha de Splitter: joga mais debaixo do aro, com
os pés plantados, mas não por lhe faltar impulsão, e, sim, porque investe mais
em sólidos fundamentos. Além deles, Jason Smith é um dos queridinhos do Coach
Monty, que o considera um dos líderes do grupo. (Nessas, Carl Landry, de
repente, se sente impelido a olhar com carinho o mercado de agentes livres.)
Nesta temporada, o Hornets foi o melhor pior time da NBA. Pode ter
levado uma sacolada de derrotas, mas deu trabalho para todo mundo, forçou os favoritos
jogarem até o fim, no estouro do cronômetro, mesmo sem contar com seu principal
jogador, o ala Eric Gordon. Okafor, Landry, Trevor Ariza também foram outros
desfalques para Williams, que escalou uma série de D-Leaguers na reta final do
campeonato.
Com Davis e mais a décima escolha, que pode valer um armador – para concorrer
com Greivis Vasquez e Jarret Jack (dois sólidos jogadores) – ou outro ala –
Eric Gordon e Marco Belinelli são agentes livres, o primeiro restrito, o
segundo nem sei se vale a pena manter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário