quarta-feira, 16 de maio de 2012

Deu jogo


O jovem time de Indiana comemora na quadra do adversário em série de verdade
Francamente: você se sentiria confortável em saber que vai para uma batalha tendo Udonis Haslem, Joel Anthony, Ronny Turiaf e Juwan Howard como seus pivôs?

Nada contra esses veteranos guerreiros. Haslem sabe bem qual o seu lugar em quadra, é uma fera nos rebotes e marca bem. Anthony é extremamente atlético e um ótimo defensor tanto em cima da bola como no lado contrário. Turiaf passa bem a bola, acerta um chute ou outro de média distância e ganha uma ninharia (para os padrões deles, claro). Howard… bem, Howard ao menos pode relembrar as histórias do Fab Five de Michigan para seus companheiros. 

Sem Chris Bosh, porém, é essa a realidade de Erik Spoelstra, Pat Riley, LeBron James e Dwyane Wade para a série contra o Indiana Pacers, que começa de um modo muito mais interessante do que se esperava.  

Os jogadores do Pacers estão se desdobrando na retaguarda e a envergadura e capacidade atlética de George Hill, Paul George, Danny Granger, David West e Roy Hibbert já causa muitos problemas para o time da Flórida. Os chutes são contestados, a ajuda está sempre atenta e bem casada, os rebotes são controlados. 

LeBron e Wade vão tocando o barco, mas cada um na sua vez na base do bem-me-quer-mal-me-quer, numa alternância que não pode fazer bem a um coletivo. E parece ser esse mesmo o plano de Frank Vogel: que os astros façam das suas, minimamente controlados, mas que o restante do elenco pague o preço. 

Caras como Mario Chalmers, Shane Battier e o artista um dia conhecido como Mike Miller e os pivôs relacionados acima estão apedrejando o aro. Ontem, foram apenas nove arremessos convertidos em 34 tentativas pelo elenco de apoio. Irco. Na série, eles vêm com aproveitamento horrendo de 28% (16 de 56). Afemaria.

Numa formação mais baixa, Spoelstra o ptou por Battier como seu falso ala-pivô, mas esse embaixador de duke não consegue dar conta do recado contra West. Neste caso, seria bom que LeBron passasse a operar ainda mais no perímetro interno, batendo e apanhando, numa tentativa de equilibrar a batalha no garrafão.

Se acreditávamos que o Miami só poderia encontrar dificuldades numa eventual final da NBA, foi um sério engano. Os problemas, graves, começaram agora. E não dá para esperar que Juwan Howard resolva alguma coisa quanto a isso.

E o Leandrinho?

Leandrinho pode dar aquela descansada, mas sem perder a intensidade
Bem, o brasileiro começa com um desempenho razoável em seu papel de coadjuvante na série. Longe de ser o foco ofensivo do Pacers, o brasileiro somou 17 pontos nas duas primeiras partidas em Miami, tendo convertido oito de 20 arremessos. Já que a bola de três o abandonou nos playoffs até aqui, com um aproveitamento muito aquém de seu potencial (28,6%), para Vogel e o próprio ala é importante que ele se mantenha agressivo em quadra, batendo para a cesta para colocar pressão na defesa de Miami, sem deixar que o ritmo de sua própria retaguarda seja reduzido. 

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