sábado, 26 de maio de 2012

Também não esquecemos


Só 30 minutinhos, gente, que custa?

Para quem viu e, principalmente, jogou, a vitória do Pinheiros sobre o Brasília, no Distrito Federal, nesta sexta-feira, não será esquecida. Agora... Também não dá para ignorar o que aconteceu antes do início da partida.

Pela segunda vez consecutiva em uma semifinal de playoffs do NBB em seus domínios, o clube candango não conseguiu oferecer condições de basquete impecáveis aos seus visitantes e, mais importante, torcedores.

A apuração do que aconteceu no prefácio desse duelo incrível não ficou muito clara. Os cronômetros dos 24 segundos, acima da tabela, tal como no jogo 1, estavam pifados. Até quando ficou, não temos certeza, assim como não sabemos as razões para o ocorrido.

De acordo com o que a reportagem do SporTV informou, havia o desejo por parte da direção do Brasília em atrasar o início do duelo em meia hora para dar tempo de acolher seus torcedores, atrapalhados pelo trânsito local.

Se as falhas técnicas foram provocadas ou simplesmente aconteceram por inépcia – como o divulgado –, no fim nem interessa: é um episódio lastimável e que nenhum campeonato sério deve permitir numa partida de temporada regular, quanto menos em um jogo 4 de semifinal.

O pedido para retardamento do bola ao alto é até compreensível, mas, se havia essa preocupação, que a direção local o tivesse discutido bem antes com a organização da liga e TV. 

Um NBB não pode ficar aos caprichos de uma emissora, claro. Mas o mesmo vale para qualquer um de seus clubes. A liga é de todos eles, e não cabe privilégio a nenhum em específico – como consequência do atraso, São José e Flamengo foram lesados, pois tiveram dezenas de minutos a menos de exposição para seus patrocinadores em TV e de transmissão para seus torcedores. Teve dupla prorrogação, sim, mas a meia hora perdida teria pago essa conta.

Os gestores da liga agora devem se posicionar de modo duro em sua punição ao time de Jorge Bastos, reincidente – participando do pressuposto de que vai haver multa, no mínimo, né?

E não vale cobrar em tubaínas e sandubas. 

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