Murilo chega tudo na decisão |
(Sobre o quinto duelo entre Pinheiros e Brasília, não vou além do
publicado no Twitter de um modo geral durante a partida. Uma partida
deprimente, muito aquém do prometido, na qual os visitantes mandaram bem ao seu
modo, com as “bolinhas” caindo de todos os lados, muita reclamação, arbitragem
caótica, e um desfecho meio que anticlimático depois do excepcional jogo 4.
Alex e sua turma estão lá de novo.)
E já que estão aqui de novo, numa presença difícil de ser
questionada, dado seu retrospecto dominante recente, vamos olhar para a frente,
para a inédita final em jogo único do NBB4, sem margem de erros e para manobras
confortáveis dos técnicos.
Não vi o triunfo decisivo de São José sobre o Flamengo neste
domingo, mas, pela produção de Murilo e Fúlvio, aparentemente a dupla fez um
estrago na defesa carioca com suas combinações de pick and roll, uma das
jogadas mais elementares do basquete, mas que, quando bem executadas, pode causar realmente muitos problemas.
Durante a semana, imagina-se que o Brasília tenha de se planejar
incessantemente para frear os mergulhos arrasadores no garrafão do pivô
adversário, melhor jogador da competição, que ossui um pacote raro em quadras nacionais: força, velocidade, agilidade, inteligência e técnica (eembora lhe falte um jogo mais refinado de costas para a cesta).
Vão procurar evitar a troca de marcadores? E vai haver disciplina
para isso, de modo que Fúlvio não fique muito livre para o tiro? Ou eles
trocarão, contando que a ajuda apareça prontamente do lado contrário? E aí,
nesse caso, a rotação vai funcionar para contestar os chutadores de três pontos
do time?
Na última partida em que os dois clubes se enfrentaram, foi uma
loucura daquelas. Os representantes do Vale do Paraíba construíram uma boa
vantagem após vencer o terceiro quarto por 32 a 12, mas tiveram de sofrer até o
último instante triunfando por um pontinho, 83 a 82, com roubada de bola
seguida por fal-e-cesta de Ricardo Fischer, garoto que foi titular na ocasião.
Em meio a uma bagunça em quadra, Brasília teve, mesmo com a ausência
de Fúlvio, muita dificuldade para conter Murilo, que terminou com
impressionantes 24 pontos e 16 rebotes (sete ofensivos!), tendo batido 11
lances livres.
No elenco de Vidal, o melhor defensor para bater de frente com
Murilo seria o grandalhão Luas Tischer, que tem a combinação de porte e agilidade
para a missão. O problema é o “bater de frente”. Da última vez, Tischer
exagerou na dose, cometeu muitas faltas e acabou anulado na partida, deixando
seu time em maus lençóis: Cipriano, baixo e menos atlético, Alírio, lento, e
Ronald, cru, sofreram um bocado.
Para brecar Murilo na final, em sua atual fase, será preciso de algo a mais que um jogo
físico e catimba costumeiros dos atuais campeões. Eles estão aqui de novo, mas dessa vez o desafio é maior.
Update: faltou colocar aqui o argumento usado no Twitter... Talvez, para se proteger de Murilo, Brasília deva atacá-lo, com a esperança de carregá-lo de faltas. A marcação não é o seu forte e não custa jogar a isca.
Update: faltou colocar aqui o argumento usado no Twitter... Talvez, para se proteger de Murilo, Brasília deva atacá-lo, com a esperança de carregá-lo de faltas. A marcação não é o seu forte e não custa jogar a isca.
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