terça-feira, 19 de junho de 2012

Armada espanhola



O técnico Sergio Scariolo convocou nesta terça-feira sua poderosa espanhola para as Olimpíadas de Londres-2012, e não há dúvida de que vem chumbo grosso por aí. 

Rival mais forte da Seleção de Rubén Magnano na primeira fase, os campeões europeus vão para os Jogos com os seguintes atletas:

José Manuel Calderón (Toronto Raptors), Sergio Rodríguez (Real Madrid), Víctor Sada (Barcelona), Juan Carlos Navarro (Barcelona), Sergio Llull (Real Madrid),   Rafa Martínez (Valencia), Rudy Fernández (Denver Nuggets, sem clube), Fernando San Emeterio (Caja Laboral), Víctor Claver (Valencia), Felipe Reyes (Real Madrid) Pau Gasol (Los Angeles Lakers), Marc Gasol (Memphis Grizzlies) e Serge Ibaka (Oklahoma City Thunder). 

Algumas notas sobre essa formação:

- Scariolo listou cinco jogadores que podem ser denominados como armadores ou escoltas, ou "guards" de fato, e deve usá-los sempre em duplas, o que facilita muito seu jogo a se tornar ainda mais organizado. Os pivôs agradecem também, que devem ser abastecidos com a freqüência devida. 

- Se o técnico mantiver a dupla clássica Calderón/Navarro no quinteto inicial, os dois que sairão do banco prometem infernizar a vida dos adversários: Llull e Sada são dois carrapatos daqueles, implacáveis, aguerridos, determinados e altos para a posição. Huertas e Raulzinho os conhecem muito bem.

- Com tantos condutores de bola assim – Rudy Fernández e San Emeterio também podem facilitar a transição –, a Espanha leva um time que parece já parece visar a marcação pressionada que todos esperam por parte dos EUA em uma eventual final. Os dois times, claro, precisam antes chegar lá. 

- Foram 13 atletas convocados. Se tudo ocorrer como o previsto, e Fernández se recuperar de uma cirurgia nas costas em tempo, Rafa Martínez deve ser o jogador a ser cortado. 

- Pegue os irmãos Gasol, Ibaka e Reyes e repare que a Espanha viajará com apenas quatro pivôs naturais. É um elenco leve, que também parece uma tendência para a competição, e fica aqui a dúvida sobre  em que situações Magnano conseguiria aproveitar Caio Torres com eficiência. Talvez seja um exagero levá-lo como reserva de Nenê e Splitter por um temor de excesso de faltas. Augusto seria um nome mais adequado? Ou talvez outro ala mais versátil?

- A base espanhola tem uma longa história, desde as categorias de base no final da década de 90. Garbajosa se aposentou, Cabezas não faz mais parte dos planos, Raúl López não chegou a emplacar, assim como Edu Hernández-Sonseca, mas o conjunto da equipe só ganhou em qualidade nos últimos anos. Impressiona. 

- A Espanha fará pelo menos oito amistosos em sua preparação, visitando SETE cidades diferentes em seu território. Está certo que por lá o transporte e locomoção é bem mais fácil e cômodo, mas não custa comparar: o Brasil jogará apenas em duas cidades por aqui, São Carlos e Foz do Iguaçu, sem passar por uma capital sequer. 

- A série de jogos preparatórios espanhóis termina com o grande choque com os EUA em Barcelona, comemorando os 20 anos das Olimpíadas na sede catalã, que viu o nascimento do "Dream Team".

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