terça-feira, 26 de junho de 2012

Os dois lados


De Nenê para Varejão: no ataque, pivô já deixa clara a sua influência positiva

Vamos falar de quadra:  das quatro seleções que jogaram na abertura do torneio amistoso em São Carlos hoje, a brasileira foi a melhor e a neozelandesa, a pior. Coincidência?

Rodando de modo alucinado seus quintetos em quadra, a cada dois ou três minutos pondo fulano, tirando marmanjo, sem deixar o banco esquentar, Magnano aplicou um ritmo muito forte ao time. Pressionaram a bola após erros e cestas no ataque, causaram desperdícios de posse, roubos e cestas fáceis. 

Em 25 minutos, a equipe da Oceania havia feito apenas 18 pontos. Terminou com outros 15 nos últimos 12, mas aí foi quando a perna cansou um pouco e não havia mais por que forçar tanto também. 

De qualquer forma, a mesma ressalva que valeria para a crítica, conta para o elogio também: foi só o primeiro jogo, né?

Com as segunda e terceira rodadas jogadas, podendo comparar os resultados e desempenhos de nigerianos e gregos também,  aí teremos um caldeirão todo de contexto para responder mais precisamente se é o time brasileiro que começou voando, ou se é a Nova Zelândia que estará gastando sua milhagens na viagem para Caracas.

* * *
Nenê teve um ótimo e tranquilo retorno. Motrou um pouco de seus talentos, com passes precisos e incomuns vindos de um pivô, ajudando a mexer a bola, sem se preocupar em "chamar" o seu chute, ou as suas investidas. Issfo Além disso, a malandragem aqui e ali de um neozelandês ajudam a quebrar o gelo em relação a qualquer diferença que exista entre o mundo Fiba e aquele estelar da NBA. 

Varejão é quem mais tem do que se beneficiar nesses amistosos, para tirar o ferrugem e dobrar bem a munheca que ficou muito tempo imobilizada. 

E o Leandrinho??? Bem, o Leandrinho... Essa coisa de se enrolar para pagar o seguro do ala-armador que estava anunciado como agente livre desde... Nem sei mais quando. Ou melhor: sabemos, todo mundo sabe. Há cinco anos. O contrato tinha prazo de validade, e tudo fica para a última hora, mesmo. Sem treino, sem jogo, com riscos e falta de clareza na administração.

* * *

Mesmo sem Ben Uzoh e Solomon Alabi, duas peças importantes, a Nigéria confirmou mais cedo o bom pressentimento do VinteUm quanto ao atual time. No sentido de que vem com um elenco bem competitivo, que vai pedir o máximo de seus rivais. Não tem essa de saco de pancada, não, nesta temporada. Um elenco extremamente atlético, mas bem atlético mesmo, com jogadores versáteis e compridos toda a vida. Ainda falta um senso de organização ofensivo e defensivo masi refinado – os gregos se esbaldaram com tiros livres de três pontos –, mas, ainda assim, de bandeja em bandeja, contestada ou não, a equipe africana ficou no jogo por três quartos e meio contra um dos favoritos do Pré-Olímpico Mundial. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário