quinta-feira, 21 de junho de 2012

Finais da NBA: Bosh sem Baby

"Em alguma coisa eu tenho de ser o primeiro."

Foi a resposta de Chris Bosh ao comentar suas atuações energéticas nas finais contra o Thunder, uma grata surpresa para Pat Riley, imagino. Tendo LeBron James inspirado ao seu lado e um Dwyane Wade insistentemente competitivo, fica difícil ganhar destaque mesmo. 

A despeito de seu tamanho, Bosh nunca foi reconhecido na NBA como um jogador físico, daqueles dispostos ao serviço sujo. Pelo contrário: em Toronto, de tanto refinado que era seu ex-atleta o clube chegou a gastar uma oitava seleção de Draft no nosso Rafael "Baby" Araújo, um brutamontes no basquete universitário. Lembram?

Contra Perkins e Ibaka, porém, ele vem aguentando o tranco. Após ter perdido boa parte das séries contra Pacers e Celtics, o ala-pivô perdeu ritmo em seu arremesso. Está convertendo apenas 39,6% (contra 49,2% em sua carreira). Em vez de se esconder, porém, resolveu a ajudar sem a bola, se empenhando nos rebotes (10 por jogo, bem acima dos 7,9 da carreira) e na defesa. Se ele vem com média de apenas um bloqueio por partida, o que as estatísticas não contam é a quantidade de arremessos que ele alterou, desviou, próximo do aro, fazendo uma boa cobertura.

Melhor ainda para Erik Spoelstra é o seguinte: quando mais ativo Bosh for na defesa, menos ele precisa contar com pivôs como Joel Anthony, Ronny Turiaf ou Dexter Pittmann. Funciona, então, também como adição por subtração.

Baby chegou a ser draftado pelo Raptors para ser o guarda-costas de Bosh

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