terça-feira, 19 de junho de 2012

Finais da NBA: O jogo (e a pane) da vida de Westbrook

Westbrook deixa a sua marca, de todos os modos, nas finais da NBA
Russell Westbrook foi apenas o sexto jogador na história da NBA a acumular 43 pontos, sete rebotes e cinco assistências em uma partida das finais da liga. Os últimos a fazerem algo assim? Michael Jordan e Shaquille O'Neal. Quem mais? Jerry West. Lendária companhia.

Mas seu desempenho no Jogo 4 das finais vai ser lembrado para sempre como o "da falta besta que Westbrook cometeu nos segundos finais".

Udonis Haslem havia ganhado a disputa de bola presa de Harden na cabeça do garrafão. Shane Battier foi um gatuno e chegou antes na sobra. Processou tudo muito rápido, para variar, e deu o tapinha para Mario Chalmers na zona morta. O jogador estava com uma batata quente nas mãos, precisando criar algo com apenas 4s2  de posse no cronômetro. 

Numa pane mental, o astro do Thunder fez falta, mandando o rival para a linha de lances livres. Restavam 13s8 no relógio, e o Heat voltaria a abrir cinco pontos  para garantir seu terceiro triunfo.

Westbrook,  ele próprio, mal pôde acreditar na besteira que fez. Olhou para o tempo restante acima da tabela e fez cara de quem não estava entendendo nada. Não estava, mesmo.

É um problema para esse tipo de atleta, que joga muito por instinto, mas um instinto que não está totalmente envolvido com o que se passa ao seu redor. O pseudo-armador do Thunder pode ser um demônio com a bola, quando sente que está em seu dia. A defesa de Miami sabe muito bem disso – foram 20 cestas de quadra em 32 tentativas e apenas três desperdícios de bola. 

Não houve como parar Westbrook. O problema, para o clube de Oklahoma, é que muitas vezes nem seus técnicos ou companheiros conseguem contê-lo.Veja o lance:


PS: o repórter Ric Bucher, da ESPN, sentado na beira da quadra, garante que o técnico Scott Brooks alertou seus jogadores quanto ao cronômetro reduzido. Ele também lembrou um detalhe: a bola só ficou presa porque James Harden dividiu um rebote com Haslem. Se o ala, em uma noite sofrível, tivesse se omitido, o cronômetro ofensivo do Heat teria estourado: faltavam 0s8 quando aconteceu o lance! No fim, a besteira de Westbrook livrou a cara do barbudo, que vai ter pesadelos por semanas e semanas por seu desempenho decepcionante.

PS2: crucificar Westbrook não faz muito sentido no fim. 1) ele carregou o time nas costas a partida toda; nenhum forasteiro atleta apareceu para o jogo fora ele e Durant; 2) não dá para garantir que OKC obteria três pontos dali para a frente; 3) por alguns minutos, OKC enfrentou 4,5 jogadores do Miami, considerando um LeBron praticamente imóvel. 4) Thabo Sefolosha permitu que James anotasse um chute de três pontos manco; 5) OKC perdeu uma vantagem de 17 pontos em menos de quatro minutos entre o final e o início do segundo quarto. Incrível, mas os meninos sentiram a pressão e o baque das finais, coisa que abalou o Heat no ano passado.
PS3: Haslem, quietinho na série, fez duas jogadas de campeão ao apanhar o rebote ofensivo e ganhar o bola ao alto. Battier, como se não se contentasse apenas com suas bombas de três pontos, complementou a jogada perfeita dos operários de Pat Riley ao dar o tapinha providencial para Chalmers.

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